Estudo sugere benefício de antidepressivo para prevenção de Alzheimer

Pesquisa publicada pela revista “Neurology” mostra efeitos positivos do medicamento escitalopram na redução de proteína tóxica aos neurônios

 17/11/2020 - Publicado há 3 anos

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Nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre o uso do antidepressivo escitalopram para tratamento preventivo do Alzheimer, doença neurodegenerativa que é a principal causa de demência no mundo. 

Incurável, o Alzheimer é caracterizado pela formação de placas da proteína beta-amiloide 42 (Aβ42), que é produto de degradação celular e tem efeito lesivo e tóxico para os neurônios. Como o número de pessoas com essa enfermidade deve aumentar nos próximos anos, devido ao envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida, o “desenvolvimento de novos medicamentos e estratégias para a prevenção primária da doença” são muito importantes, segundo avalia Pontes Neto. 

Por isso, o professor destaca a publicação desta semana da revista Neurology, mostrando os efeitos positivos do antidepressivo escitalopram – inibidor de recaptação de serotonina – na redução dos níveis da beta-amiloide no líquido cefalorraquidiano (LCR) de idosos cognitivamente normais.   

Os resultados desse estudo, lembra Pontes Neto, confirmam os efeitos já observados no uso do escitalopram em estudos animais e “sugerem que, eventualmente, essa medicação pode ser interessante na prevenção primária da doença de Alzheimer”. 

A notícia é animadora, mas, afirma o especialista, ainda são necessários mais estudos para confirmar os achados. 

Ouça no link acima a íntegra da coluna Minuto do Cérebro.


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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