Neste momento em que praticamente todos estão sendo obrigados a digitalizar ainda mais seus hábitos, práticas e relacionamentos, a frustração digital já pode ser considerada como um efeito colateral do coronavírus. Mas não se trata apenas de “overdose”, dessa inflação de lives, festas pelo Zoom, Jitsi, WhatsApp, aulas remotas, congressos on-line e semelhantes, de ódio social e político no Facebook, Twitter ou no Instagram. Há uma nova, inédita e autêntica frustração frente à própria ideia de que a acumulação de dados produz um aumento da inteligência artificial, da nossa capacidade de lidar com problemas e tomar decisões.
O professor Gilson Schwartz lembra que “a frustração digital não é apenas resultado de ‘overdose’, de uso excessivo de computadores, mas da aplicação indiscriminada de um modelo de tomada de decisões que frequentemente ignora os contextos reais. Dá poucas garantias de transparência, legitimidade, governança, regulamentação. Abre espaço para toda a sorte de manipulação tóxica. Apropriação indébita de conteúdo e de direitos”.
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