Em meio à crise do coronavírus, o jornalismo procura recursos que possibilitem cumprir sua função de informar e, ao mesmo tempo, driblar armadilhas como o “noticiário catastrófico”. O professor Carlos Eduardo Lins da Silva comenta, em entrevista ao Jornal da USP no Ar, possíveis caminhos a serem seguidos pelos jornalistas em um momento tão complicado.
Na semana passada, o especialista discorreu em sua coluna sobre a tentativa dos veículos de comunicação de, em um momento de pandemia, produzir sessões de notícias boas. De acordo com Lins da Silva, tal prática é a “antítese do jornalismo”, já que sua função precípua é fazer com que as pessoas tomem conhecimento dos problemas do mundo e, se possível, ajudar na resolução desses impasses.
Nesse contexto, surge um dos caminhos supracitados: o jornalismo de soluções. “É mostrar os problemas, e depois tentar mostrar para às pessoas o que é possível fazer para solucionar aquelas situações que estão sendo noticiadas. Também chamam de jornalismo construtivo”, explica o professor sobre essa vertente.
Há diversas outras maneiras de construir noticiários eficientes. Lins da Silva cita outras possibilidades, como o jornalismo propositivo e o jornalismo preventivo. Todavia, apesar da relevância de cada uma dessas vertentes, para o professor, a melhor reportagem é aquela que busca se conectar à ciência, seguir métodos científicos, para obter melhores resultados; em suas palavras: “O jornalismo é o rascunho da ciência”.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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