Professores da USP analisam complicações do Mercosul

Mais recente membro do Mercosul, a Venezuela é o único país a não estar entre seus fundadores

 12/08/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 15/08/2016 as 14:50
Diálogos na USP com Oswaldo Coggiola e Alberto do Amaral Júnior - Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Diálogos na USP com Osvaldo Coggiola e Alberto do Amaral Júnior – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Acompanhe a entrevista do jornalista Marcello Rollemberg com os professores da Universidade de São Paulo Alberto do Amaral Júnior e Osvaldo Coggiola.

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Oswaldo Coggiola - Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Osvaldo Coggiola – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O imbróglio está formado no Mercosul. Com apoio do Uruguai, que encerrou seu mandato semestral na presidência do bloco, o governo da Venezuela anunciou que pretende assumir o posto, o que acabou por abrir um dos maiores impasses da história desse acordo comercial que reúne, além de Uruguai e Venezuela, Brasil, Argentina e Paraguai.

A Venezuela justifica sua posição, alegando que,  de acordo com as regras, caberia a  si a  presidência do bloco, o que é contestado pelo governo brasileiro, que defende que o país não tem condições de assumir porque ainda não adequou sua legislação ao Mercosul. A Venezuela ingressou no bloco em 2012, após uma polêmica reunião de presidentes celebrada na Argentina, da qual o Paraguai foi excluído. Pouco antes, o Congresso paraguaio havia destituído, após um julgamento político, o presidente de esquerda Fernando Lugo, episódio que resultou na suspensão desse país do bloco.

Alberto do Amaral Júnior - Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Alberto do Amaral Júnior – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A cada seis meses, a presidência do Mercosul muda de mãos. Tradicionalmente, essa transferência se dá em cúpulas presidenciais semestrais, embora as normas internas do bloco  não estabeleçam que deva ser dessa forma. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, chegou a sugerir que os embaixadores dos países do bloco formassem um conselho informal para

assumir a coordenação do Mercosul nos próximos seis meses, evitando, assim, que a Venezuela ocupe a presidência.

O programa “Diálogos na USP – os temas da atualidade”  ouviu sobre o assunto os professores Osvaldo Coggiola, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, cuja opinião é de que o Mercosul está diante de uma crise que coloca em risco o próprio futuro do bloco; e Alberto do Amaral Júnior, do Departamento de Direito Internacional da Faculdade de Direito da USP, para quem a reivindicação da Venezuela é injusta por desrespeitar as condições necessárias para ingressar no Mercosul.

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