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Com projetos voltados a resolver problemas ambientais e sociais usando a biologia molecular e a modelagem matemática, o campo de estudo da biologia sintética pode ajudar em vários desafios da atualidade, desde a produção de bioenergia até o tratamento da covid-19.
Na USP, o Time de Biologia Sintética reúne alunos de diversos cursos tanto da graduação como da pós-graduação para pesquisar o tema e desenvolver novas iniciativas. Todo ano, a equipe desenvolve um projeto científico-social para participar da maior competição de biologia sintética do mundo, chamada iGEM (International Genetically Engineered Machine), criada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). O evento desafia estudantes de todos os países a resolverem problemáticas reais do mundo, por meio da inovação e construção de sistemas e dispositivos biológicos geneticamente engenheirados.
Este ano, o time participa do evento com o projeto Let.it.bee., voltado para a conservação de abelhas, que inclui o desenvolvimento de uma tecnologia para protegê-las do mau uso de defensivos agrícolas, mas sem que haja perda de produtividade, por meio do uso da biologia sintética em plantas.
No webinar Conheça o iGEM-USP, o grupo conta um pouco sobre a competição, o time, o atual projeto e pretende ouvir opiniões e conselhos sobre o tema. O evento, aberto ao público, será realizado pela plataforma Doity, com inscrições gratuitas e abertas ao público neste link. A programação é a seguinte:
30 de abril, às 15 horas: Evento Beeologia sintética e abelhas, que trata principalmente da composição da construção genética e sua relação com o problema de perda de abelhas e com o pesticida associado ao transtorno;
7 de maio, às 15 horas: Evento Beeoinformática e modelagem matemática, que trata principalmente do planejamento de experimentos in silico conduzidos pelo time no âmbito de modelagem de expressão, de estrutura e atividade da enzima.
Projeto Honorato
Outra equipe, o Clube de Biologia Sintética (CBSin), do campus da USP em Lorena, busca apoio para a realização do projeto Honorato no iGEM. Os pesquisadores já participaram da competição duas vezes representando o Brasil nos Estados Unidos e conquistaram medalhas de bronze em ambas. Este ano pretendem concorrer resolvendo um problema recorrente no Brasil: a mionecrose (forma de necrose do tecido) causada pela picada de serpentes do gênero Bothrops. O projeto busca desenvolver um inibidor por rota biotecnológica para a principal enzima presente na peçonha que causa esse problema, sem o uso de animais em testes.
Como um dos principais problemas enfrentados por acidentados que têm membros necrosados é a demora até a aplicação do soro completo, o projeto pretende atuar nessa questão, disponibilizando as ampolas para aplicação em prontos-socorros e ambulâncias, agilizando o processo de atendimento às vítimas.
Para apoiar o projeto, basta contribuir com a vaquinha virtual: www.catarse.me/honorato_uspeel?ref=project_link
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