Do cartão perfurado à nuvem: conheça a história do armazenamento digital em exposição virtual

Mostra do Museu da Computação da USP em São Carlos reúne todos os tipos de armazenamento de dados que moldam o mundo digital contemporâneo

 02/02/2024 - Publicado há 3 meses
Exposição ajuda a compreender as raízes da revolução digital a partir do armazenamento de dados – Fotos: Freepik

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Uma jornada pelo passado e presente da história da computação, explorando desde os primórdios dos cartões perfurados até os avançados sistemas de nuvem. Essa é a proposta da exposição virtual Armazenamento Digital do Museu da Computação Professor Odelar Leite Linhares, do Instituto de Ciências e Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos. Além de incluir todos os tipos de armazenamento, a mostra traz uma linha do tempo, além de vídeos sobre a evolução histórica dos dispositivos de armazenamento, a história dos disquetes e também a história dos vírus, além de dois trabalhos originais que mostram como essa tecnologia surgiu e evoluiu ao longo do tempo.

O projeto reúne trabalhos produzidos para a matéria História da Computação do ICMC, proporcionando uma visão abrangente sobre como a humanidade vem enfrentando o desafio de armazenar informações ao longo das décadas. É uma oportunidade para compreender as raízes da revolução digital que transformou a maneira como vivemos, trabalhamos e nos conectamos.

A exposição reúne informações sobre os tipos de armazenamento, como o Hard Disk Drive, ou HD, que ofereceu uma capacidade de armazenamento massiva, tornando-se o coração de muitos sistemas de computadores pessoais; o Disquete, pequenos discos quadrados que tiveram seus primeiros modelos lançados no final da década de 1960, mas só chegaram ao mercado e foram disponibilizados para o consumidor final em 1971; ou os CDs e DVDs, uma revolução da mídia óptica; além da praticidade do Pen Drive e do Cartão SD, que redefiniram a portabilidade ao facilitar o transporte de dados em um pequeno dispositivo; e o revolucionário SSD e sua velocidade de acesso aos dados. Há também uma linha do tempo e curiosidades sobre os tipos de armazenamento.

Exposição mostra linha do tempo do armazenamento digital – Foto: Museu da Computação / ICMC

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Evolução tecnológica 

Os cartões perfurados foram a primeira mídia legível por máquina usada para coleta de dados. Inicialmente projetado para computadores pela IBM, esses cartões eram o meio de incluir dados e comandos nas máquinas. Segundo informações do site, os cartões perfurados foram usados pela primeira vez por volta de 1725, e melhorados em 1801, mas foi só em 1950, com a IBM, que esse método se expandiu para computadores eletrônicos.

Ainda na mostra, os visitantes podem conhecer uma curiosidade: “A gravação de músicas também teve início utilizando a mesma ideia dos cartões perfurados. Um exemplo é a pianola, sendo basicamente um piano programável. Nela é inserida um rolo de papel perfurado, com furos posicionados de acordo com a música a ser tocada. O papel, ao ser desenrolado, passa pelo mecanismo da pianola, que interpreta cada furo como uma nota, e assim a música é reproduzida automaticamente”.

Atualmente, o sistema mais avançado de armazenamento é a nuvem, ou Cloud Storage, que permite que se salve dados e arquivos em um local externo que pode ser acessado por meio da internet pública ou de uma conexão de rede privada. “Os dados que você transfere para um local externo para armazenamento tornam-se responsabilidade de um provedor de nuvem terceirizado. O provedor hospeda, protege, gerencia e mantém os servidores e a infraestrutura associada e garante que você tenha acesso aos dados sempre que precisar”, informa o site.

Método muito utilizado pelas empresas atualmente, o armazenamento em nuvem oferece uma alternativa econômica e escalonável ao armazenamento de arquivos em discos rígidos locais ou redes de armazenamento, como explica o site. Os motivos são que discos rígidos de computador só podem armazenar uma quantidade finita de dados, e quando os usuários ficam sem armazenamento, eles precisam transferir arquivos para um dispositivo de armazenamento externo. Tradicionalmente, as organizações constroem e mantêm redes de área de armazenamento (SANs) para arquivar dados e arquivos, mas estas são caras para manter. Assim, os serviços de armazenamento em nuvem fornecem elasticidade, o que significa que é possível dimensionar a capacidade conforme os volumes de dados aumentam ou diminuir a capacidade, se necessário.

Exposição virtual Armazenamento Digital
Museu da Computação Professor Odelar Leite Linhares
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos
Visite neste link
Mais informações pelo e-mail museu@icmc.usp.br 


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