Uma doença silenciosa, que atinge cerca de 13 milhões de brasileiros e é considerada atualmente uma epidemia. Esse é o diabetes, um problema que afeta a produção de insulina, hormônio fundamental para controlar a quantidade de açúcar no sangue. Para esclarecer uma série de dúvidas que a população ainda tem sobre a doença, o USP Analisa desta semana conversa com o médico e pesquisador da Equipe de Transplante de Células-tronco da USP Ribeirão Preto Carlos Eduardo Barra Couri.
Ele explica que o diabetes se manifesta de três formas. O diabetes tipo 1 atinge crianças, adolescentes e pessoas magras e exige a aplicação diária de doses de insulina. O tipo 2 está presente em 90% dos casos e acomete idosos e adultos, em consequência de fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. Já o tipo 3 é o diabetes gestacional, que pode ocorrer somente durante a gravidez.
Segundo Couri, a doença não deve ser encarada apenas de forma negativa. “Existem pessoas para as quais o diabetes faz bem. Afinal, ele te obriga a se cuidar melhor, a se alimentar bem, não fumar, praticar atividades físicas regularmente. O paciente precisa aprender a conviver com isso”.
É o caso do funcionário da prefeitura do campus da USP Ribeirão Preto, José Leandro Rosa, que também participa do programa. Ele descobriu que tinha diabetes tipo 1 aos 20 anos e hoje, aos 52, procura se cuidar. “A convivência às vezes é difícil, mas a gente se acostuma. Vou ao Hospital das Clínicas a cada três meses para acompanhamento e também faço contagem de carboidratos”, conta ele.
Couri vai discutir ainda as pesquisas mais recentes no tratamento do diabetes, que envolvem terapia com células-tronco e até o uso de um pâncreas artificial. O USP Analisa é uma produção conjunta da USP de Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP.