Humane, o curioso dispositivo que promete agitar o mercado da IA

Trata-se de um dispositivo que promove um modelo diferente de interação e que nada mais é do que uma espécie de broche, mas com o poder de tirar os usuários do mundo da tela

 29/03/2024 - Publicado há 8 meses     Atualizado: 01/04/2024 às 8:49

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No que se refere à inteligência artificial, um dispositivo que está chamando muita atenção ultimamente é a Humane, uma startup do Vale do Silício que promove um modelo diferente de interação, explica Luli Radfahrer, sem deixar de acrescentar que é algo que está muito na moda e do qual muita gente anda falando. “Imagina um smartphone sem tela. Se você pensar, a tela é o centro de tudo que você faz no seu smartphone […] o problema é que a maior parte das pessoas hoje está centrada na tela, a gente anda pelas ruas e tem um monte de zumbi e você tem que sair desviando das pessoas fechadas na tela, acidentes de trânsito acontecem porque a pessoa está olhando para a tela. A ideia da Humane faz o maior sucesso, primeiro produto dela, é o que ela está chamando de “Ai Pin” ou uma espécie de broche de inteligência artificial”.

Segundo Radfahrer, é como se fosse um broche mesmo, que atende por comando de voz. “A pessoa encosta o dedo nela e fala alguma coisa e ela  responde para a pessoa por voz também ou por notificação. Eu consigo fazer a maior parte das coisas que eu consigo fazer no meu  telefone sem precisar olhar para uma tela. E, aí, a ideia que ele propõe, por isso que ele diz que é humano, é trazer você de volta para o mundo, tirar você do mundo da tela e colocar você de novo no contato com as pessoas”. A comunicação com os usuários ocorre por meio de um microfone. A resposta vem por sons, bips, frases,  notificação, “aqueles bips normais que o telefone faz, e,  se ele precisa de alguma coisa que demande uma atenção especial […] ele projeta na palma da sua mão – uma distância de 30 cm, você põe a  mão na frente dele – um sinal monocromático, como uma projeção de laser, que faz com que o sujeito coloque o dedo na mão, a câmera vê a mão e vê o dedo, a câmera interpreta aquilo e movimenta, então funciona muito bem, pelo menos no vídeo que eles estão mostrando”.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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