Atualmente, está cada vez mais importante ensinar para as crianças habilidades socioemocionais, é o que afirma o professor Luciano Nakabashi, na coluna Reflexão Econômica desta semana. O professor explica que a tendência é a inteligencia artificial continuar substituindo cada vez mais o ser humano nas atividades rotineiras, como escrita e o fazer contas, por exemplo. “É claro que ensinar matemática, ler e escrever é uma questão muito importante no desenvolvimento do raciocínio, mas quando essas crianças crescerem isso ficará menos importante”. Já as habilidades socioemocionais, afirma o professor, serão cada vez mais importante. Para o professor, com a substituição cada vez maior do ser humano pela robotização nas atividades rotineiras, a tendência é aumentar o relacionamento entre as pessoas, o que exigirá habilidades socioemocionais, o que será fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças.
O professor cita trechos da obra Resiliência – O segredo da força psíquica, de Christina Berndt, que aborda, segundo Nakabashi coisas importantes para as crianças aprenderem desde cedo. “Quando as crianças são envolvidas em decisões importantes, desenvolvem o senso de autoeficácia e de controle da própria vida, o que é importante para poder fazer as coisas e se sentirem mais confiantes”. E, ainda, “quando elas experimentam desde cedo que podem recorrer aos pais e outras pessoas de seu convívio em situações problemáticas, elas aprendem a buscar apoio social”.
O professor lembra que vários estudos já mostraram que é fundamental a pessoa encontrar o sentido da sua vida, o que é importante para ela, isso traz satisfação e bom desempenho no trabalho. Assim, essa é uma estratégia super importante para o desenvolvimento das crianças, do capital humano, onde serão cada vez mais importantes “a criatividade e a capacidade de resolução de problemas”.
Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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