O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe João Marcelo Furtado, professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP para falar sobre o herpes zóster ocular. O médico conta o que é essa infecção, quais suas causas e sintomas e, ainda, apresenta as formas de tratamento e prevenção da doença.
Causas do herpes zóster ocular
Segundo o professor, o herpes zóster ocular é causado pelo vírus da varicella-zoster, também causador da catapora e de alterações na pele chamadas popularmente de cobreiro. O vírus, explica, pode acometer os olhos diretamente ou como manifestação secundária das lesões da pele. O mais grave, alerta Furtado, é que o herpes zóster pode levar à perda de visão.
As lesões do herpes zóster na pele, geralmente, ocorrem em apenas um lado do corpo, informa o professor, de pessoas com histórico de catapora. Essas pessoas também podem desenvolver o herpes zóster ocular, em que as lesões atingem a pálpebra, causando inchaço e outras complicações associadas, bem como alterações da superfície e até do interior dos olhos .
Sintomas do herpes zóster ocular
O quadro clássico da infecção, afirma Furtado, é marcado por mal estar não específico, semelhante ao de um resfriado. Vermelhidão na pele associada à coceira e dores também são manifestações do herpes zoster ocular. Após alguns dias infectado, é comum o paciente apresentar lesões associadas ao inchaço, aumento de dores e das vesículas, que formam crostas.
Tratamento do herpes zóster ocular
Furtado diz que uma pessoa saudável pode melhorar sem tratamento. Mas iniciar as medicações já no começo da infecção “aumenta a chance de ela ter menos dores, dela melhorar mais rápido e até de ter menos complicações no futuro”.
O tratamento para a herpes zóster normalmente é o antiviral, por via oral, de sete a dez dias, de acordo com a evolução da doença; o que vale para a forma de lesão na pele também. E, “dependendo do quadro ocular, a gente vai associar ou não anti-inflamatórios, que podem ser colírios”. O oftalmologista também informa como é possível tratar a infecção grave.
Por ser uma doença transmissível, Furtado ainda explica ao ouvinte os cuidados necessários para não transmitir a doença para outras pessoas. E, para prevenir a infecção, o professor cita a vacina para o herpes zóster para pessoas acima de 50 anos, mas informa que tem alto custo e não está disponível na rede pública.
Os ouvintes podem enviar sugestões de temas e comentários para o e-mail: ouvinte@usp.br.