Neste episódio do Momento Sociedade, José Luiz Portella, doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), comenta sobre o futuro do home office: esse sistema deve ser implementado definitivamente ou de forma parcial para os servidores públicos e trabalhadores do setor privado? Na opinião dele, trabalhar de casa se mostrou uma boa experiência, apesar de seu motivo – a pandemia – não ter sido positivo.
Portella ressalta que o home office deve ser analisado sob a perspectiva de cada setor da economia. Muito se fala desse sistema de trabalho aplicado à área de serviços, enquanto na indústria e no agronegócio sua implantação foi mais reduzida. Esse assunto levanta polêmicas, como a eficácia da telemedicina e, por isso, “é preciso estudar caso a caso e ter um trabalho mais fundo de pesquisa para entender as consequências e então tomar as melhores decisões”, defende.
O professor acredita que um sistema híbrido de trabalho presencial e de casa deva ser adotado para grande parte das empresas, enquanto algumas funções terão que se adaptar ao home office integralmente. Já para o serviço público, isso também pode variar de acordo com a função, pois algumas atividades, como vistorias de obra e perícias, não têm como ser feitas totalmente a distância. “O que me preocupa é tomar decisões precipitadas. Acredito que o home office integral possa acontecer em poucos setores da área pública, pois há situações em que a interação pessoal é insubstituível. Isso provavelmente deve ser definido quando tivermos uma vacina e pudermos decidir com mais certeza, criando rotinas e revendo benefícios com calma”, comenta ele.
Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.