Um artigo da doutora Ilana Pinsky, psicóloga clínica e pesquisadora ligada à Fiocruz , ex-consultora da Organização Mundial da Saúde e professora da Unifesp, foi publicado na revista Veja. Ilana também é membro da Abiad – Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Outras Drogas, que terá congresso ainda este ano onde vou falar sobre abstinência de drogas em berçários. Diz em seu artigo que um movimento amplo de legalização da maconha ocorreu em várias partes do mundo. Sabemos disso. No Uruguai, Canadá e nos Estados Unidos, você já tem diferentes Estados e países com regras diferentes ao consumo não-médico da maconha. Na Holanda, ela diz que a maconha é vendida nos famosos coffee shops, mas é contra a lei possuir, vender ou produzir a substância. Mas lá em Amsterdã há muitas regras nos coffee shops, pode se utilizar a maconha, mas não bebida alcoólica e nos pubs vice-versa. Ou seja, evitam a mistura de drogas. Lá você pode ter quatro pés de maconha em casa, mas apenas para uso próprio. Há lá regiões livres do tabaco do álcool, etc., ou seja, há controle. Eu diria: pobre do Brasil, que é um país com várias leis que não são cumpridas, vide a venda de cigarro eletrônico proibido por lei, mas adquirido por qualquer um, inclusive por menores de idade. Diz o artigo que já o consumo medicinal é permitido em algumas de suas formas em numerosos países, eu diria esse termo “uso medicinal da maconha” me soa mal, pois incentiva a diminuição do medo da droga, principalmente entre os jovens. Devemos dizer uso medicinal do canabidiol. Este, sim, medicinal, que vem aumentando o seu uso na área médica.
Dr. Bartô e os Doutores da Saúde
A coluna Dr. Bartô e os Doutores da Saúde, com o professor João Paulo Lotufo, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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