No dia 13 de abril, os pró-reitores de Pós-Graduação da USP, da Unesp e da Unicamp se reuniram no prédio da Reitoria para trocar experiências e discutir problemas comuns enfrentados pelas três universidades
“Achei necessário reunir os pró-reitores das universidades estaduais de São Paulo para discutirmos questões em comum, trocarmos ideias e, conjuntamente, tentarmos encontrar soluções para os problemas mais urgentes”, afirmou a pró-reitora de Pós-Graduação, Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco. Além da pró-reitora, participaram da reunião os pró-reitores de Pós-Graduação da Unesp, Eduardo Kokubun, e da Unicamp, Rachel Meneguello.
Um dos assuntos discutidos foi a dificuldade para a utilização dos recursos financeiros disponibilizados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), após a adoção do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SiConv). Outro tópico de discussão foi a busca de apoio, principalmente financeiro, junto à Capes para criação e funcionamento de mestrados profissionais, uma das grandes metas da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP. Atualmente, a Capes oferece bolsas apenas para os programas de mestrado profissional na área de Educação.No final da reunião, os pró-reitores decidiram agendar um encontro com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, para apresentar os problemas discutidos. “O Estado de São Paulo produz metade da produção científica do país e, dessa metade, as três universidades estaduais são responsáveis por aproximadamente 80%. A ideia é que, juntos, somos mais fortes e podemos mais facilmente encontrar soluções para problemas comuns”, explicou Bernadette, que também acenou para a necessidade de que as reuniões entre os pró-reitores se tornem mais frequentes.
Programa Integrado de Pós-Graduação (PIPG) em Bioenergia
Outro assunto discutido na reunião foi o andamento do Programa Integrado de Pós-Graduação (PIPG) em Bioenergia, um convênio de cooperação entre USP, Unesp e Unicamp. O curso de doutorado em Bioenergia já está em andamento e conta com 40 alunos matriculados, inclusive estrangeiros. Há, entretanto, entraves burocráticos que precisam ser resolvidos.
Ministrado inteiramente em inglês, o curso tem um sistema bem integrado de atividades, inclusive com aulas por videoconferência e alunos circulando entre as instituições. Como explica a pró-reitora, “esse é o primeiro curso desse tipo em todo o país e queremos usá-lo como modelo para outros. Há muitas possibilidades, estamos conversando sobre isso. Podemos montar programas novos, de altíssimo nível, realmente diferenciados, escolhendo os melhores professores das três universidades”.
Mais duas reuniões foram agendadas para tratar do curso, uma a ser realizada no dia 30 de abril, com os pró-reitores de Pós-Graduação e coordenadores do programa nas três universidades; e outra, programada para junho, para uma primeira avaliação geral do curso, inclusive com a participação dos alunos.
(Foto: Ernani Coimbra)