Foram inauguradas nesta sexta-feira, dia 14 de dezembro, as novas instalações do Laboratório de Microssonda Eletrônica, do Departamento de Mineralogia e Geotectônica, ligado ao Instituto de Geociências (IGc), construídas para abrigar uma moderna microssonda recém-adquirida pelo Departamento.
A cerimônia de inauguração do novo espaço contou com a presença do reitor João Grandino Rodas; do pró-reitor de Pesquisa, Marco Antonio Zago; do diretor do IGc, Valdecir de Assis Janasi, além de dirigentes da Universidade, professores, alunos e funcionários do Instituto.
A microssonda é um equipamento de última geração na área da microanálise e substituirá a máquina atualmente em operação, que data dos anos 90. Em todo o mundo, existem apenas 70 unidades do novo equipamento – a do IGc é a única na América Latina.
A microssonda serve para determinar a composição química de substâncias sólidas com volumes muito pequenos. Essas substâncias chegam a medir poucos mícrons cúbicos (1 micro corresponde a 1 milésimo de 1 milímetro, ou seja, 1 milímetro dividido por mil). “São volumes extremamente pequenos e, por isso, exigem uma técnica altamente sofisticada”, afirma o docente do Instituto de Geociências, Celso de Barros Gomes, responsável pela aquisição do equipamento.
Segundo Gomes, a microssonda apresenta vantagens “inequívocas”, que fazem dela um instrumental de grande versatilidade, capaz de resolver problemas relacionados a diversas áreas do conhecimento, como geologia, metalurgia, física do estado sólido, ciência dos materiais e odontologia.
Como vantagens inerentes à técnica, a microssonda apresenta alta resolução espacial, propiciando a obtenção de grande volume de informação no menor volume analisável; alta eficiência, com produção de considerável quantidade de dados químicos em curto espaço de tempo; visualização simultânea da amostra ao tempo da análise; e análise in situ do material de interesse.
“Essas qualidades fizeram da microssonda um instrumental absolutamente indispensável a todo laboratório bem equipado que se destina à área de microanálise de substâncias sólidas”, ressalta. O equipamento foi adquirido através do Projeto Fapesp Equipamentos Multiusuários.
(Com informações do Jornal da USP / Foto: Ernani Coimbra)