Criada no dia 24 de agosto de 1893, a Escola Politécnica (Poli) da USP completou nesta quinta-feira seus 130 anos. Em homenagem ao aniversário da primeira escola responsável pelos cursos de engenharia da Universidade e também ao Grêmio Politécnico — associação de representação discente da Poli, que alcança os 120 anos em setembro —, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) realizou um concerto no Centro Cultural Camargo Guarnieri, sob a batuta do maestro Tobias Volkmann.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior parabenizou a escola, que é mais antiga que a própria Universidade. “Eu estou representando uma filha da Poli. A USP nasceu por algumas escolas e nós temos algumas mães — a Poli é uma delas. Eu venho aqui agradecer à Poli por ter fundado a Universidade de São Paulo.” Carlotti também citou a unidade como uma inspiração, que “sempre está dando exemplo para a Universidade”, e mencionou o orgulho que os alunos egressos possuem por terem feito parte da Politécnica.
Vahan Agopyan, atual secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, ex-reitor da USP e ex-diretor da Escola Politécnica, citou que “o espírito politécnico acredita que sempre podemos melhorar, e isso é o que distingue a nossa escola e a nossa Universidade das demais. Nós sempre buscamos mais”. Ele ainda aconselhou as futuras gerações de engenheiros a “nunca ficarem satisfeitos. Podemos fazer mais, podemos fazer melhor e podemos ajudar ainda mais a nossa sociedade”.
O diretor Reinaldo Giudici lembrou momentos importantes da Escola Politécnica — como a criação do Patinho Feio, o primeiro computador brasileiro, que completou 50 anos no ano passado; a parceria com a Marinha do Brasil, que deu origem ao curso de Engenharia Naval; e a atuação dos pesquisadores da escola durante a pandemia da covid-19, que resultou na criação do ventilador pulmonar de baixo custo Inspire.
“Queria começar agradecendo o conjunto da nossa comunidade pela participação que vocês têm tido nos resultados da escola. Aos alunos, por toda a pujança e a renovação que vocês trazem para a escola; aos professores, pela liderança, pelas atividades de ensino, pesquisa e extensão que realizam; e ao corpo de funcionários, que é extremamente comprometido com a escola e faz uma diferença enorme e trabalha para que a escola funcione bem”, disse o diretor, elogiando também os alunos egressos, que “levam o espírito politécnico para a frente”.
Representando os alunos, a presidente do Grêmio Politécnico também discursou. Carolina Mendes, a quinta mulher a assumir a presidência da associação, falou sobre os esforços da entidade para melhorar o cotidiano da comunidade politécnica. “Para o futuro, não nos basta torcer apenas para que o melhor aconteça. Uma coisa eu posso afirmar: não estivemos só olhando na espera dos tempos melhores, estivemos fazendo”, afirmou Carolina, fazendo referência a uma caricatura de uma edição antiga jornal do Grêmio.
A Osusp executou composições de Bach, Beethoven e Dimitri Cervo. O evento completo, juntamente com a apresentação da orquestra, pode ser conferido, na íntegra, no vídeo abaixo.
*Estagiária sob supervisão de Erika Yamamoto