Na manhã de hoje, dia 24 de fevereiro, o reitor Vahan Agopyan participou da 400ª reunião de Congregação do Instituto Oceanográfico (IO), marcando o início das comemorações pelos 75 anos do instituto.
“Nesses 75 anos de atividades, o IO provou que é um instituto estratégico e tem trabalhado para suprir uma grande lacuna que temos, que é a do conhecimento sobre nossa enorme fronteira com o Oceano Atlântico. O instituto, que desde sua gênese tem a vocação para ser um moderno centro de pesquisa, demonstra que não basta utilizarmos dados e informações externos, mas temos que obter e lapidar esse conhecimento”, afirmou o reitor Vahan Agopyan na abertura da reunião.
A diretora do IO, Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva, lembrou que “2021 também marca o início da Década dos Oceanos, período declarado pela ONU como a década da ciência oceânica para o desenvolvimento sustentável. Por isso os esforços do IO – além das atividades de ensino, pesquisa e extensão – serão para reforçar a divulgação científica e as iniciativas para aproximar a ciência da sociedade”.
Elisabete também fez questão de homenagear a professora Marta Vannucci, que faleceu em janeiro deste ano, aos 99 anos de idade. Marta foi a primeira mulher a se tornar membro titular da Academia Brasileira de Ciências e, junto com o então diretor Wladimir Besnard, foi uma das responsáveis pela incorporação do instituto pela USP.
Celebração
Para celebrar tanto o aniversário do IO quanto o início da Década dos Oceanos, o instituto realizou um concurso para escolher os dois logotipos que representarão as iniciativas ligadas aos dois eventos.
Os estudantes Bárbara Uenoyama da Silva e Nícolas Pedro Oliveira Bonfim foram os vencedores na categoria “Jubileu de Diamante” e a aluna Beatriz Benedetti foi a vencedora na categoria “Década do Oceano”.
Todos os pesquisadores, alunos e servidores que participaram do concurso receberão certificados de participação, livros oferecidos pela Marinha do Brasil e também visitarão os navios Alpha Crucis e Alpha Delphini, assim que as condições epidemiológicas permitirem.
Explorando o litoral paulista
O Instituto Oceanográfico foi fundado em 1946, como Instituto Paulista de Oceanografia (IPO). Na época de fundação, os objetivos de seus idealizadores apontavam para a necessidade de uma instituição que fornecesse bases científicas à pesca e, em uma concepção mais ampla, à exploração de recursos disponíveis ao longo do litoral paulista.
Em 1951 o instituto foi incorporado à USP como unidade de pesquisa, assumindo seu nome atual e obtendo maior autonomia no cumprimento de suas funções. Posteriormente, em 1972, passou a oferecer cursos de pós-graduação nas áreas de Oceanografia Biológica e Oceanografia Física. O curso de graduação foi aprovado pelo Conselho Universitário em 2001, com a primeira turma de alunos ingressando em 2002.