Risco de infecção por dengue e zika nos Jogos Olímpicos é muito reduzido, aponta especialista

Cálculos do professor Eduardo Massad, da Faculdade de Medicina da USP, estimam em 15 os casos de zika e 250 de dengue entre turistas durante a realização dos Jogos Olímpicos

 13/06/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 27/07/2016 as 16:43
Por
Visão geral do Parque Olímpico da Barra. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br
Visão geral do Parque Olímpico da Barra. Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br

O risco de infecção pelos vírus da dengue ou de zika entre os esportistas, profissionais de mídia e turistas que estarão no Rio de Janeiro durante a realização dos Jogos Olímpicos, ente 5 e 21 de agosto, provocou uma grande controvérsia dentro da comunidade científica internacional. De um lado, está a Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende a manutenção da competição no Brasil. Do outro, um grupo de 150 cientistas de todo o mundo, que pedem o adiamento ou a transferência dos jogos para outro país.

A controvérsia aumentou quando alguns dos cientistas do grupo revelaram que a OMS teria cancelado os convites que fez para um comitê emergencial com o objetivo de discutir problemas neurológicos ligados ao vírus zika, em Genebra, na Suíça, no dia 14 de julho. A retirada dos convites teria relação com a carta enviada pelo grupo em 27 de maio, pedindo que a OMS revisasse sua posição sobre a realização dos jogos. A entidade alega que ainda discute internamente a formação do comitê.

Eduardo Massad, patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), calculou a chance de turistas serem infectados com os vírus da dengue ou de zika nas três semanas dos Jogos Olímpicos. Para o vírus da dengue, o risco é de 50 casos a cada 100.000 visitantes – número próximo ao risco de uma turista sofrer violência sexual ou de um homem ser morto no Rio. Já o vírus zika deve atingir bem menos: três a cada 100.000 que vierem para os jogos. Veja o vídeo:

Com informações do Núcleo de Divulgação Científica da USP


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.