
O risco de infecção pelos vírus da dengue ou de zika entre os esportistas, profissionais de mídia e turistas que estarão no Rio de Janeiro durante a realização dos Jogos Olímpicos, ente 5 e 21 de agosto, provocou uma grande controvérsia dentro da comunidade científica internacional. De um lado, está a Organização Mundial da Saúde (OMS), que defende a manutenção da competição no Brasil. Do outro, um grupo de 150 cientistas de todo o mundo, que pedem o adiamento ou a transferência dos jogos para outro país.
A controvérsia aumentou quando alguns dos cientistas do grupo revelaram que a OMS teria cancelado os convites que fez para um comitê emergencial com o objetivo de discutir problemas neurológicos ligados ao vírus zika, em Genebra, na Suíça, no dia 14 de julho. A retirada dos convites teria relação com a carta enviada pelo grupo em 27 de maio, pedindo que a OMS revisasse sua posição sobre a realização dos jogos. A entidade alega que ainda discute internamente a formação do comitê.
Eduardo Massad, patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), calculou a chance de turistas serem infectados com os vírus da dengue ou de zika nas três semanas dos Jogos Olímpicos. Para o vírus da dengue, o risco é de 50 casos a cada 100.000 visitantes – número próximo ao risco de uma turista sofrer violência sexual ou de um homem ser morto no Rio. Já o vírus zika deve atingir bem menos: três a cada 100.000 que vierem para os jogos. Veja o vídeo:
Com informações do Núcleo de Divulgação Científica da USP