“Série Energia”: Versatilidade com sistemas onshore e offshore impulsiona investimentos em energia eólica

Na série, o professor Fernando de Lima Caneppele explica que os sistemas eólicos podem ser instalados em terra ou no mar, expandindo o crescimento de energia limpa e renovável

 07/03/2022 - Publicado há 2 anos
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A energia eólica, por ser gerada pela força dos ventos, é uma das fontes de energia classificadas como renováveis e limpas. Originada pelo movimento das hélices dos chamados aerogeradores, ou turbina eólica, que podem ser vistos nas estradas quando estamos viajando ou no mar, em formato de catavento, a energia eólica contribui para a diminuição da geração de gases de efeito estufa na geração de energia, uma vez que seu processo não produz nenhum tipo de poluente.

Podendo ser produzida em terra (chamada de onshore) ou no mar (offshore), a energia eólica também pode ser instalada em três sistemas diferentes: o sistema isolado, que no caso abastece toda uma região não atendida por energia elétrica da rede de distribuição; o sistema híbrido, quando além da energia eólica há também outro tipo de energia abastecendo o local; e o sistema interligado à rede, em que toda a energia produzida nas turbinas eólicas é inserida na rede elétrica de distribuição pública.

Atualmente, o Brasil não possui geração de energia eólica offshore significativa em relação aos países europeus, que representam 70% de toda a geração eólica do mundo. Porém, com a publicação do Decreto 10.946/22, pelo Ministério de Minas e Energia, que regulamenta as instalações de parques eólicos no mar brasileiro e impõe regras para a exploração dos ventos como produtores de energia, espera-se uma redução de 20% no valor dos investimentos (Capex) necessários para a implantação dos parques eólicos offshore, viabilizando mais negócios na área. Caso ocorra, a geração eólica offshore pode atingir 16 gigawatts até o ano de 2050, tendo em vista também que o País possui ótimos ventos em diversas regiões. 

O interesse em investimentos na área vem desde 2020, quando o Brasil foi o 3º país do mundo que mais ampliou a capacidade de geração eólica, com 21 bilhões de reais de investimentos. No 2º semestre de 2021, a geração eólica correspondeu a 20% de toda a energia diária gerada no País. No Nordeste, é possível verificar que em alguns dias a geração eólica supre toda a necessidade energética da região. No País todo, já existem 720 parques eólicos, resultando em 8.550 cataventos distribuídos nos melhores corredores de vento do Brasil. 

A Série Energia tem apresentação do professor Fernando de Lima Caneppele (FZEA), que produziu este episódio com Mariana Zanarotti Shimako, do curso de Engenharia de Biossistemas. A coprodução é de Ferraz Junior e edição da Rádio USP Ribeirão. Você pode sintonizar a Rádio USP Ribeirão Preto em FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS.


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