Vontade política e investimentos. Esses são os elementos necessários, na visão de Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água (CMA), para garantir a segurança hídrica do planeta. “Esse fórum deve comprovar que compartilhamento de uma bacia hidrográfica não deve ser um fardo, e sim um incentivo e oportunidade para melhorar a governança”, afirmou Braga, que também é professor titular da Escola Politécnica (Poli) da USP e secretário de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Ele discursou nesta segunda (19), na abertura do Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Segundo Braga, é necessário um “investimento em massa”, na ordem dos US$ 650 bilhões ao ano, até 2030, para que países garantam a segurança hídrica necessária, presente nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. “Precisamos de mais vontade política de governos para garantirmos a segurança hídrica. Precisamos de mais financiamento para garantir os objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU”, disse. Mas, para ele, o desenvolvimento neste campo também depende do engajamento de outros setores, como energia e saneamento.
Antes de desejar uma semana “muito frutífera” aos participantes do fórum, Benedito Braga defendeu que a comunidade hídrica faça valer, em diferentes ocasiões, a capacidade de “colocar a água no cerne dos eventos”. “Tenho certeza que vamos conseguir atingir patamar de segurança hídrica juntos”, afirmou.
Benedito Braga preside o Conselho Mundial da Água desde 2012. A organização internacional reúne cerca de 400 instituições relacionadas à temática de recursos hídricos em aproximadamente 70 países e é a responsável por organizar o Fórum Mundial da Água, maior evento global sobre o tema.
O Fórum Mundial da Água está em sua oitava edição e acontece entre os dias 19 e 23 de março. Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://www.worldwaterforum8.org.
Com informações da Agência Brasil. Matéria completa disponível em http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-03/seguranca-hidrica-mundial-requer-us-650-bilhoes-ao-ano-diz-presidente-do-cma