Reitoria é invadida violentamente por mascarados

Na tarde de ontem (16/06), um grupo de manifestantes, grande parte deles com os rostos cobertos, invadiu violentamente o prédio da Reitoria. Ato contínuo, o grupo forçou a entrada na sala do Conselho Universitário, onde ocorria reunião do Conselho de Graduação, em que se discutia uma proposta para aumentar a inclusão social na Universidade.

 17/06/2016 - Publicado há 8 anos
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Na tarde de ontem (16/06), um grupo de manifestantes, grande parte deles com os rostos cobertos, invadiu violentamente o prédio da Reitoria. Ato contínuo, o grupo forçou a entrada na sala do Conselho Universitário, onde ocorria reunião do Conselho de Graduação, em que se discutia uma proposta para aumentar a inclusão social na Universidade.

Posteriormente, em assembleia realizada no estacionamento da Reitoria, a maioria dos manifestantes votou pela NÃO ocupação de quaisquer prédios da Reitoria, após o que o grupo retirou-se da edificação.

No entanto, por volta de uma hora depois, um grupo de cerca de 50 pessoas, contrariando até mesmo a decisão da assembleia, tentou invadir o bloco K do prédio da Administração Central, atacando agentes da Guarda Universitária que faziam a segurança do local. Nesse momento, foram danificadas a entrada do edifício e uma viatura da guarda, conforme se vê em imagens amplamente divulgadas pela mídia.

Diante do descontrole e do risco postos pela situação, a Polícia Militar – um contingente que não incluiu integrantes da Polícia Comunitária – foi obrigada a intervir, contando com a autorização da Reitoria e o respaldo de decisão judicial, a fim de garantir a integridade física dos agentes da Guarda Universitária e a preservação do patrimônio público. Houve reação por parte dos manifestantes, que passaram a lançar pedras e outros objetos em direção à PM, a qual tomou providências exigidas pelas circunstâncias.

A USP lamenta que, em um campus universitário, ambiente em que se espera respeito e tolerância entre os membros da comunidade universitária, grupos muito reduzidos tentem infligir, pela força, prejuízos aos alunos e servidores da Universidade e, em última instância, a toda a sociedade, que destina recursos à USP na expectativa de que todos se empenhem pelo melhor desempenho possível das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Por outro lado, deve ser destacado que a Administração da Universidade não pode assistir, de forma inerte, aos atos violentos e ilícitos perpetrados. Em razão disso, a USP não fugiu ao seu dever de tomar as providências necessárias para a segurança de seus alunos e servidores, além do patrimônio público.

Espera-se que ocorrências como as de ontem sirvam, ao menos, para que cada membro da comunidade universitária reflita cada vez mais sobre o que se espera das pessoas que integram uma universidade pública, gratuita e de qualidade incontestável.

Por fim, apesar das agressões dos que dizem defender a inclusão social, mas que, na prática, sabotam as medidas que vêm sendo adotadas com este fim, a Reitoria reafirma que seguirá firme nessa direção, promovendo medidas que propiciem a inclusão social na USP.

São Paulo, 17 de junho de 2016.

Reitoria da USP


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