O reitor Vahan Agopyan participou, no dia 27 de setembro, do Quarto Seminário da Rede de Pesquisadoras em Engenharia no Brasil e na Austrália (WREN, na sigla em inglês). O evento teve como tema Feminismos – por que engenheiros (e todos) deveriam se importar?
O seminário teve como objetivo apresentar as perspectivas australiana e brasileira dos movimentos feministas e de mulheres e seus impactos na sociedade. Os dois países estão inseridos em contextos históricos, econômicos e culturais distintos; no entanto, são permeados por questões semelhantes em relação à desigualdade estrutural de gênero.
Agopyan contou que, quando era diretor da Escola Politécnica (Poli), entre 2002 e 2006, teve a oportunidade de nomear a primeira professora titular da escola, Maria Cândida Reginato Facciotti.”E, agora, como reitor da USP, tive a honra de designar a primeira diretora da Escola Politécnica [Liedi Légi Bariani Bernucci] em 120 anos de existência da escola”, relatou. “Ainda temos, em países em desenvolvimento como Brasil, prejuízo para as profissionais que atuam na área de engenharia. Temos muito trabalho a ser feito. Iniciativas como esta são muito importantes e estou muito contente em saber que a USP faz parte dela. Todos temos de ser feministas e adotar medidas proativas para mudar o comportamento da sociedade”, afirmou o reitor.
Também participaram do evento a reitora da Universidade de Wollongong (UOW), Patricia M. Davidson; a representante da Rede de Pesquisa Feminista da UOW, Ee Ling Quah; a Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Eva Alterman Blay, que falou sobre os feminismos no Brasil; e a coordenadora do Escritório USP Mulheres, Maria Arminda do Nascimento Arruda.
A WREN é uma parceria entre a USP e a Universidade de Wollongong. A rede busca alcançar a igualdade de gênero entre mulheres e homens nas diversas áreas da engenharia. Com isso, esperam ver uma maior participação das mulheres em cargos de pesquisa e engenharia durante mais tempo.
O projeto é liderado pela UOW com colaboração da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Escritório USP Mulheres. Ambas as universidades participam da University Global Partnership Network (UGPN), rede acadêmica que se propõe a criar uma base para a colaboração internacional, permitindo que membros de algumas das melhores universidades do mundo trabalhem juntos em questões de importância global.