Catarata pode levar à cegueira, mas tem cirurgia segura e acessível

O procedimento para a catarata é oferecido pelo Sistema Único de Saúde, com avaliação pré-operatória e condições clínicas adequadas, informa Eduardo Rocha

 02/12/2020 - Publicado há 4 anos

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Nesta edição da coluna Fique de Olho, o professor Eduardo Rocha fala sobre o tratamento para doenças oculares, como a catarata, que provoca a opacidade do cristalino. 

O especialista conta que a evolução no tratamento da doença aconteceu após a Segunda Guerra Mundial. Desde os anos 50 do século passado, até os dias atuais, alguns tratamentos para a catarata se tornaram possíveis, como o uso de corticoide para reduzir inflamações e de antibióticos para conter a proliferação de micro-organismos. Nesse contexto, a produção de pequenas lentes para substituir o cristalino opaco e o uso de microscópio com óptica e luzes potentes, que permitem ao cirurgião tratar a doença de forma segura, também se tornaram realidade. 

Assim, o professor cita a artista plástica italiana Rosalba Carriera (1657-1757), que viveu entre os séculos 17 e 18, e por volta de seus 47 anos de idade foi acometida pela catarata. Após duas cirurgias mal-sucedidas nos dois olhos, a artista viveu seus últimos anos em situação de cegueira. Para o especialista, isso mostra a falta de bons conhecimentos e de prevenção na época. Rosalba foi “uma das melhores, entre todos os praticantes das artes plásticas do seu tempo”,  em um ambiente predominantemente masculino. 

Mas, diferentemente da situação pela qual passou a artista plástica, Rocha diz que hoje a cirurgia para catarata é segura e acessível, sendo oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza o procedimento aos pacientes com “boa avaliação pré-operatória e condições clínicas adequadas” para que, ao fim da cirurgia, grande parte da visão seja restaurada. 


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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