Quando a música mineira e o jazz, que já faziam parte da sonoridade de Milton Nascimento, vão ao encontro de novidades experimentais, rock, Beatles, entre outros, surge a necessidade de uma banda para acompanhá-los nessa aventura. O nome é sugestivo: Som Imaginário. A banda era formada por instrumentistas e criadores de primeira grandeza: Wagner Tiso, ao piano, Robertinho Silva, na bateria, e Luiz Alves, no baixo, eram o eixo jazzístico da banda; já Tavito, no violão, Zé Rodrix, no teclado, e Fredera, na guitarra, formavam a ala roqueira. O resultado foi um som altamente híbrido, que ia de rock progressivo a releituras de gêneros consagrados tocados de um jeito muito particular.
O grupo Som Imaginário, criado para acompanhar Milton Nascimento, ganhou vida própria e gravou três discos. Os dois primeiros, de 1970 e 1971, abordados neste programa, mostram um contexto muito presente na época: a contracultura. Fusões, virtuosismo musical, ousadias poéticas, além da improvisação, da criação coletiva e da experimentação estão presentes em abundância nesses dois álbuns.
Créditos do Programa
Roteiro, montagem e apresentação: Gustavo Xavier
Voz adicional: Marcia Avanza