O primeiro ato concreto do presidente Jair Bolsonaro contra a imprensa foi assinar a Medida Provisória 892/2019, que permite que empresas de capital aberto publiquem balanços na Comissão de Valores Imobiliários ou no Diário Oficial, ao invés de em veículos impressos. “Essa medida coloca em risco a sobrevivência imediata de dezenas de jornais, principalmente regionais e de pequenas cidades brasileiras”, analisa o professor Carlos Eduardo Lins da Silva.
O ponto é que a MP vai contra parte da Lei 13.818/2019, sancionada por Bolsonaro em abril, e que fixava a data de 1o. de janeiro de 2022, como data final para que esses balanços passassem a ser publicados de forma resumida nos veículos locais impressos, e de modo integral nas versões digitais dos mesmos jornais. Segundo Lins da Silva, ao atropelar a lei que sancionou, o presidente mostra que tem poder nas mãos para tentar asfixiar a imprensa, mas acaba asfixiando os jornais das pequenas cidades brasileiras, e não a grande mídia.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.