Sonho de 68 não caberia nas redes sociais

A cultura do sonho, que caracterizou 1968, opõe-se frontalmente à cultura digital, que gera depressão e solidão

 23/11/2018 - Publicado há 5 anos

Nesta edição, a professora Marília Fiorillo fala sobre o cinquentenário do ano que, para muita gente, não acabou: 1968. Foi o ano das utopias, da solidariedade, da amizade, da convivência, do sonho de construir um mundo melhor e de slogans que pregavam coisas como: “Sejamos realistas, vamos desejar o impossível”. Um sonho que, segundo ela, não caberia nas redes sociais e na cultura da era digital, que “é o oposto polar da cultura do sonho”. Mais poderosas do que as drogas, as redes sociais – diz ela, citando um especialista no tema – geram depressão e solidão, e seus efeitos sociais são ainda mais graves, pois levam a sentimentos de ódio. As redes sociais são impérios de alteração comportamental.

“Quando as pessoas se encontravam, em 68, elas compartilhavam emoções, quando nós acessamos uma rede social – um império comportamental -, além de ser observador, você está sendo observado e reage a dois estímulos: a punição e a recompensa.” Em outro trecho de sua coluna, a professora Marília lembra que a Primavera Árabe só pedia mais democracia e igualdade, e foi desencadeada pelas redes sociais, mas não deu em nada. Melhor se deu o Estado Islâmico, que faz publicidade e alicia pessoas para o terror por meio dos tais impérios comportamentais.

Acompanhe a coluna, na íntegra, pelo link acima.

 

 


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