Depois do primeiro grande colapso no valor de mercado das bitcoins e mais um incidente de roubo de criptomoedas numa corretora japonesa, grandes bancos e empresas de serviços de pagamentos (como cartões de crédito e débito) passaram a repudiar as moedas digitais.
Algumas operadoras já proibiram o uso de suas plataformas para transações com criptomoedas, enquanto governos e grandes bancos investem na pesquisa e desenvolvimento de soluções que usam a mesma tecnologia dessas moedas, o blockchain. Enquanto isso, republicanos e democratas conservadores estão revertendo no Senado as medidas de controle sobre o sistema bancário, implementadas após a grande crise de 2008. O objetivo é não dar espaço à inovação e manter e fortalecer o sistema financeiro já existente.
Para o professor Gilson Schwartz, o debate recente nos EUA e no Brasil mostra que estão em risco a transparência, acessibilidade e credibilidade de todo o sistema de pagamentos, com riscos maiores se não houver políticas públicas adequadas. No Brasil, moedas sociais e moedas digitais são uma tendência importante no horizonte da socialização das tecnologias financeiras.