A guerra não está mais nos campos de batalha

Para Paulo Saldiva, a guerra migrou dos “fronts” de batalha para o meio urbano

 19/03/2018 - Publicado há 6 anos

Na coluna Saúde e Meio Ambiente desta semana, o professor Paulo Saldiva fala que a violência urbana está matando mais que as guerras. “ Não que seja uma prerrogativa das cidades , mas, atualmente, as guerras não estão mais nos campos de batalhas, elas vieram habitar as cidades”, comenta,

O Brasil perdeu 1 milhão de pessoas assassinadas entre 1980 a 2010, número superior ao registrado, no mesmo período, em Angola, naquela que foi uma das guerras civis mais sangrentas da história da África. A nova guerra, que veio para morar e permanecer no meio urbano, tem a ver com o tráfico, a criminalidade e com o  trânsito caótico, uma conjunção de fatores que mata muitas pessoas.

Saldiva comenta que a violência é uma questão de saúde a permear nossos noticiários. Persiste, contudo, o fato de que teimamos em usar de eufemismos: “Foi uma bala perdida… as balas não se perdem o que se perdem são vidas”, enfatiza.

Ouça a coluna Saúde e Meio Ambiente, na íntegra, no link acima.

 

 

 

 


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