A última colação de grau do curso de Educação Física e Saúde da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, realizada em março deste ano, teve um significado muito especial para Prazeres Augusta Pereira de Souza: a conclusão de sua quarta graduação e a conquista do diploma que possibilitou a ela realizar o sonho de gerenciar a própria escola de esportes.
Formada também em Direito, Administração e Ciências Contábeis, ela já estava aposentada quando ingressou na EACH, em 2012. O objetivo era cursar Educação Física e Saúde para ter o conhecimento e a base necessária para comandar a Escola de Esportes Conviver, localizada na Penha, bairro da zona leste de São Paulo.
Augusta fundou a escola em 2010, pouco tempo antes de iniciar os estudos na USP, e só conseguiu se tornar empresária depois de economizar uma boa parte de seu salário durante os 26 anos que foi funcionária do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Atualmente, a escola conta com 420 alunos (90% são crianças), 20 funcionários (professores, equipe de apoio e pessoal administrativo) e oferece diversas atividades como futsal, vôlei, basquete, karatê, judô, aulas de natação e hidroginástica, jazz, zumba, ballet, entre outras modalidades.
Espaço aconchegante
A inspiração para abrir uma escola de esportes surgiu durante a infância do filho, Rodrigo Souza, que hoje está com 19 anos e cursa Engenharia de Produção na Escola Politécnica da USP.
“Meu filho estava sempre fazendo uma atividade física. Ele fez natação, judô, futebol e participava de vários jogos e campeonatos”, explica ela. “Quando chegávamos aos centros esportivos, eles estavam em péssimo estado e inibiam a presença de famílias, já que eram rodeados por botecos com venda de bebida alcoólica.” Dessa forma, ela resolveu criar um espaço aconchegante, familiar e com infraestrutura adequada para a prática de atividades físicas.
Orgulhosa de sua conquista, Augusta diz que a trajetória percorrida até realizar seu sonho não foi fácil, inclusive o ingresso na USP. “Comprei livros e estudei muito, muito mesmo. Fiz o impossível e o inimaginável para passar na prova”, destaca a recém-formada, que concluiu a graduação no tempo mínimo e fez parte do pequeno grupo de candidatos aprovados no processo seletivo para portadores de diplomas em 2012.
Fiz o impossível e o inimaginável para passar na prova
Ela guarda com grande carinho na memória o tempo que passou na EACH, as amizades que fez e a ajuda de todos os professores. “Fui acolhida da melhor maneira possível. Estou e sempre estarei, assim como meu espaço, à disposição da universidade para o que for preciso. É o mínimo que eu posso fazer para retribuir quatro anos de profundos conhecimentos adquiridos nessa instituição.”
Mais informações: (11) 3091-8161, ou no email imprensa-each@usp.br