Cinco acervos on-line da USP com acesso gratuito
A USP disponibiliza uma série de acervos on-line que estão abertos para todos, incluindo e-books, revistas e obras raras, até dissertações, teses de doutorado e aulas completas
Em março, quando a USP suspendeu suas atividades presenciais, a Universidade precisou se reorganizar para manter o ensino, a pesquisa e muitos serviços à sociedade a distância. As 48 bibliotecas que atuam como polos de atendimento, estudo, leitura e capacitação da comunidade universitária desde então estão com atendimento presencial restringido. Para atender os quase 60 mil alunos de graduação e 42 mil de pós-graduação, além dos 5,4 mil professores e 13,3 mil funcionários que não pararam, a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica ampliou o acesso a conteúdos digitais.
Somente a coleção de livros eletrônicos atingiu a marca de 410 mil e-books que incluem aqueles assinados pela USP, os de acesso gratuito e e-books do Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“Uma das lições que aprendemos durante a pandemia foi que devemos dar mais atenção à aquisição e acesso aos livros digitais, ou seja, oferecer um acervo ainda maior. Obtivemos o acesso temporário a esse tipo de obra graças à grande ação da Aguia e ao pronto atendimento de diversos fornecedores de conteúdos informacionais internacionais de alta qualidade”, conta o professor Jackson Cioni Bittencourt, presidente da agência.
A Aguia foi criada há pouco mais de um ano para ser responsável pela gestão dos dados gerados a partir do conhecimento produzido na USP. Ela dá continuidade às atividades anteriormente desenvolvidas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas e as amplia desenvolvendo serviços e produtos que promovem o acesso, a visibilidade e o impacto da produção científica e cultural da Universidade.
“Pelo fato da agência ser um órgão recém-criado, temos grandes desafios para o ano de 2021. Esses desafios estão intimamente relacionados às funções da Aguia, e as principais são: fornecer à Universidade os insumos (bens e serviços diretos e indiretos) necessários à realização das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Esses insumos se referem à assinatura e aquisição de conteúdos científicos, sobretudo os digitais”, fala Bittencourt.
Ele destaca ainda o trabalho de orientar e capacitar a comunidade universitária para o uso das bases de dados referenciais e de texto completo, plataformas digitais para a descoberta desses conteúdos e ferramentas analíticas.
As atividades da agência incluem também gerir conteúdos produzidos no âmbito da própria Universidade, coordenando sistemas informacionais como o Repositório da Produção USP, o Portal de Busca Integrada, o Portal de Revistas, o Portal de Livros Abertos, a Biblioteca Digital de Trabalhos Acadêmicos, o Portal de Obras Raras, Históricas e Especiais, bem como colaborar na gestão da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, em conjunto com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Dessa forma, a Aguia torna disponível ao público mais de 16 milhões de itens on-line em acesso aberto.
Além disso, por meio do Catálogo Dedalus, a agência reúne e disponibiliza à comunidade mais de 8 milhões de itens dos acervos físicos das bibliotecas das unidades da Universidade. Os dados são do Anuário Estatístico da USP.
acesso ao conteúdo impresso e digital disponível nas bibliotecas físicas e digitais da USP, além de bibliotecas de parceiros e, ainda, conteúdos relevantes de acesso aberto
reúne e divulga livros digitais acadêmicos e científicos publicados pelas unidades, institutos, centros, museus e órgãos centrais da USP de autoria ou organização de professores e funcionários da Universidade. Todas as obras estão em acesso aberto e texto completo sob licença Creative Commons
é a biblioteca digital das revistas publicadas por unidades de ensino e pesquisa, programas de pós-graduação e núcleos de pesquisas de docentes e alunos da USP e, em alguns casos, em parceria oficial com instituições externas
é o repositório institucional e oficial da produção intelectual (científica, artística, acadêmica e técnica) da USP. A plataforma reúne informações a partir dos registros cadastrados no Dedalus e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP e coleta ainda informações de outras fontes, desde o Currículo Lattes até bases internacionais como Web of Science, Scopus, Dimensions e Altmetrics
é o catálogo on-line das bibliotecas da Aguia, o acesso público ao banco de dados bibliográficos da Universidade, e permite a localização das obras existentes nas prateleiras das bibliotecas e/ou links disponíveis em meio eletrônico. Viabiliza também empréstimos e renovações de obras dos acervos das bibliotecas da USP para usuários identificados que possuem vínculo ativo com a Universidade
versão digital de diversos tipos de materiais raros e especiais (livros, revistas, mapas, desenhos, folhetos e outros), disponíveis fisicamente em uma das bibliotecas ou na coordenadoria da Aguia, abrangendo conteúdos do século 15 ao 20. A digitalização busca facilitar a consulta pública, gratuita e on-line de pesquisadores, docentes e alunos e da sociedade em geral
acesso ao texto completo dos Trabalhos de Conclusão de Curso da USP, inclui aqueles apresentados em cursos de graduação, de especialização (MBA) e de residência (TCR)
disponibiliza a versão digital completa das teses e dissertações defendidas em qualquer um dos programas de mestrados e doutorados da USP
o repositório da produção científica do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas reúne, preserva e proporciona acesso aberto, público e integrado à produção científica de professores, pesquisadores, alunos e servidores da USP, Unicamp e Unesp.
A USP disponibiliza uma série de acervos on-line que estão abertos para todos, incluindo e-books, revistas e obras raras, até dissertações, teses de doutorado e aulas completas
Um levantamento realizado pela Aguia, em outubro, mostra que a USP está entre as 20 instituições que mais publicam textos científicos sobre covid-19 no mundo neste ano. De acordo com os registros da base de dados da plataforma Dimensions, foram 168.546 publicações sobre a doença. Desse total, 4.029 são do Brasil, o que representa 2,39% de toda a produção mundial.
O País está na décima primeira posição em número de publicações sobre a doença, à frente de países como Holanda, Suíça e Japão. Entre os pesquisadores brasileiros, a contribuição da USP é significativa, com 729 publicações, o que representa 18,5% de toda a produção nacional. A USP também é a instituição de pesquisa do Brasil com maior número de publicações e a 16ª em todo o mundo.
Divulgar essas e inúmeras produções resultantes das atividades de ensino, pesquisa e extensão da USP está entre as funções da Aguia. “Isso inclui a prospecção, coleta e registro dessas publicações e a gestão de portais, catálogos e bibliotecas digitais, incluindo o Repositório da Produção USP”, explica o presidente da agência.
Segundo Bittencourt, para 2021, eles pretendem dar maior visibilidade, acesso e apoio à publicação científica e acadêmica da e na Universidade. “Para que cada vez mais tenhamos mais divulgação e reconhecimento intra e extramuros do conhecimento produzido na USP.”
A pandemia causada pelo coronavírus ainda não acabou. Assim como toda a sociedade, a USP precisa se reorganizar para continuar suas atividades e manter o acesso do público no Brasil e no mundo ao que ela realiza e produz. A Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica contribui nessa intermediação e está se organizando para enfrentar os desafios do próximo ano. A Aguia elencou três dos principais:
continuar compatibilizando e aprimorando os nossos processos com os dos órgãos centrais e unidades da Universidade, além de otimizar os processos internos à Aguia
também como uma oportunidade, ampliar o acesso a recursos informacionais digitais importantes para a USP e sua comunidade
promover maior visibilidade, acesso e apoio à publicação científica e acadêmica da e na Universidade. Isso inclui maior apoio aos autores USP, prevenção de plágio, atenção a identificadores digitais, sobretudo o ORCiD, orientações sobre o licenciamento de conteúdos, colaborar na atualização da política do acesso aberto na USP, padronização de filiação e adoção de nomes padronizados e uníssonos nas publicações. Nesse contexto, as análises bibliométricas e altimétricas também são importantes para disseminar boas práticas de publicação científica