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O ChatGPT ficou muito famoso por ser uma ferramenta de inteligência artificial (IA) capaz de gerar respostas em texto com uma qualidade maior de sentido. Porém, esse não é o único tipo de IA que existe. Também existem as capazes de auxiliar no diagnóstico médico, resolver equações, traçar melhores rotas, enfim, muitas variáveis.

Mas também é possível relacionar essa tecnologia com a otimização dos sistemas elétricos. “Ela está presente no nosso cotidiano com muito mais frequência do que imaginamos: quando ligamos para o serviço de atendimento ao cliente e ouvimos mensagens em menus; quando entramos em contato via WhatsApp com uma lanchonete para pedir o cardápio e fazer um pedido de delivery também“, exemplifica o professor Fernando de Lima Caneppele, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP em Pirassununga.

“Há diferentes níveis de inteligência artificial: desde as mais simples, como nos serviços de delivery de lanches e pizzas, até as mais complexas, como as que podem fazer estudar, aprender novos conteúdos e apresentar soluções de acordo com a demanda”, acrescenta o professor.

Relações

Esta última questão — sobre a análise de demanda e aprendizagem — responde qual pode ser uma das principais relações entre a IA e a energia elétrica. “No Texas (EUA), o sistema de energia elétrica aproveita, consideravelmente, das fontes de energias renováveis abundantes na região, como a energia solar e a eólica. Entretanto, elas são de difícil armazenamento, ou seja, atualmente não há como guardar a energia solar que sobra hoje para usarem daqui uma semana”, comenta Caneppele.

E é assim, no gerenciamento, que as IAs entram em cena no âmbito energético, como coloca o especialista: “Os pesquisadores desenvolveram uma forma de saber, com antecedência, uma condição de falta de energia eólica, solar, que pode levar o sistema ao colapso. Dessa forma, pode-se ver a energia que pode ser aproveitada ou armazená-la e utilizar no momento oportuno”.