O curador e crítico inglês Guy Brett foi um grande incentivador e divulgador da arte contemporânea brasileira. Morreu no dia 1º de fevereiro e, dos seus 78 anos, dedicou mais de meio século realizando exposições e divulgando artistas brasileiros que movimentaram a arte na década de 1960.
Em sua coluna, Na Cultura, o Centro Está em Toda Parte, da Rádio USP, Martin Grossmann faz uma homenagem especial para Guy Brett (clique e ouça o player acima). “Sem esse britânico, a arte contemporânea brasileira não seria a mesma”, observa Grossmann. “Não só por ter escrito ensaios a partir dos anos 1960, mas por desenvolver amizades e estreitos contatos com essa potência que foi o neoconcretismo brasileiro e da sua originalidade diante das tendências da arte contemporânea, que sempre foram instituídas principalmente pelos museus europeus e norte- americanos.”
Grossmann lembra a importância de Guy Brett na trajetória de Hélio Oiticica, organizando, em 1969, a sua exposição em Londres, na galeria Whitechapel. “O crítico continuou destacando a produção singular de Oiticica mesmo depois de sua morte.” Brett também apresentou a obra de Cildo Meirelles na galeria Tate Modern, em 2008, e participou da divulgação dos trabalhos de Lygia Clark e Lygia Pape.
Guy Brett escreveu sobre a contribuição dos artistas brasileiros em Arte Cinética Linguagem do Movimento. “Neste livro, o crítico deixa clara a importante contribuição específica da arte brasileira, que envolvia um cinetismo do corpo, indo além do entendimento que a arte cinética se dava através do objeto da arte”, comenta Grossmann. Para o crítico inglês, os artistas brasileiros estabeleceram um novo patamar na história da arte.
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Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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