
No primeiro Ambiente é o Meio do ano, o professor Marcelo Marini Pereira de Souza recebe o professor Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências (IGc) da USP, para falar sobre águas subterrâneas e as recargas gerenciadas de aquíferos.
Ao longo do episódio Hirata destaca a invisibilidade da água subterrânea, que não é vista pela população como os rios, e a importância dessas águas para o abastecimento de cidades, seja ele público ou privado. De acordo com o professor Hirata, 55% dos municípios brasileiros são dependentes da água oriunda de poços artesianos ou aquíferos, enquanto 75% dos municípios paulistas são abastecidos parcialmente ou totalmente por água subterrânea, seja de aquíferos ou de poços artesianos. Segundo o professor, essas águas geram cerca de R$ 100 bilhões por ano.
No entanto, alerta Hirata, o uso irrestrito dessas águas pode trazer problemas. Hoje, estima-se que 70% dos poços artesianos do Estado de São Paulo sejam irregulares, o que leva ao descontrole da extração de água.
Sobre as recargas gerenciadas dos aquíferos, Hirata afirma que elas podem ocorrer através das águas das chuvas, ou através de recargas artificiais ou manejadas como a injeção de águas domésticas ou industriais nos aquíferos pelo homem, com o cuidado para que as águas injetadas sejam tratadas para não gerar poluição, mesmo que o solo realize o processo de despoluição até a chegada dessas águas ao nível freático.
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Ambiente é o Meio