Mecanismo de segurança pode prevenir roubos e ataques em dispositivos eletrônicos

Marcos Simplicio reflete que algumas práticas de segurança podem ser positivas para evitar invasões virtuais

 22/08/2023 - Publicado há 8 meses
Um dos mecanismos mais básicos que podem ser utilizados para garantir a proteção do aparelho é a senha de bloqueio inicial – Fotomontagem com imagens PxHere e Flickr – Arte: Jornal da USP/Ana Júlia Maciel
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Diferentes dispositivos celulares passaram a criar mecanismos de segurança contra roubos como forma de manter os aparelhos mais protegidos. Apesar do número de ocorrências ter se tornado mais frequente no Brasil, alguns métodos podem ser utilizados para melhorar o seu sistema de segurança. 

Marcos Simplicio, professor do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da USP e membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos, explica que existem algumas medidas básicas que podem ser utilizadas para aumentar a segurança dos aparelhos. 

Medidas básicas

Um dos mecanismos mais básicos que podem ser utilizados para garantir a proteção do aparelho é a senha de bloqueio inicial. Simplício destaca, no entanto, que deixar o código de bloqueio anotado dentro do próprio celular — como no bloco de notas ou no WhatsApp — pode ser uma vulnerabilidade para o usuário. “Fazer algumas práticas de segurança antes ajuda bastante a você reduzir a possibilidade de algum problema”, comenta. 

Marcos Simplicio – Foto: Arquivo Pessoal

Além da senha numérica, é possível também utilizar outros recursos, como a biometria, o reconhecimento facial e o desbloqueio com desenho. “Esses  fatores, no mínimo, irão atrasar o bandido que eventualmente roube o aparelho, mas nem sempre vai funcionar em todos os casos, já que existem muitos assaltantes que roubam o aparelho enquanto ele está desbloqueado”, acrescenta o professor.

Outra medida que pode ser utilizada para aumentar a segurança do dispositivo é a utilização da função de localização, que permite o apagamento remoto dos dados presentes no aparelho. Para os indivíduos que sentem a necessidade de anotar as senhas em algum local, o especialista recomenda a utilização de aplicativos protegidos — assim, seria necessário decorar, pelo menos, a senha desse programa. 

Medidas avançadas

Os aplicativos bancários apresentam outras situações específicas nesse cenário, uma vez que representam uma situação um pouco mais grave. O professor destaca que grande parte da população se vê quase que obrigada a ter um desses programas para a realização de transações bancárias e outras operações do gênero. “Acaba sendo uma faca de dois gumes, porque você tem toda a facilidade de ter um banco na sua mão e, em um cenário de sequestro, o bandido também”, adiciona Simplicio. 

Para evitar essas ocorrências, há a possibilidade de esconder aplicativos dentro do seu celular, fazendo com que ele não apareça na tela principal — sendo necessária a utilização de um gesto secreto para acessá-los. Outra possibilidade destacada pelo professor é a utilização de dois aparelhos, dessa forma, os aplicativos bancários ficariam em um celular separado dentro de casa. 

Os dispositivos e sensores de internet das coisas também são afetados por essa problemática. Contudo, como eles são menos padronizados acabam sendo mais suscetíveis a ataques, por isso, o especialista aponta que existem menos mecanismos de segurança para eles — sendo recomendado trocar a senha padrão inicial. 


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