“Edge computing”, um serviço a ser usado cada vez mais

Segundo Luli Radfahrer, é algo que até bem pouco tempo atrás só era falado por profissionais muito específicos da área, mas cada vez mais está tomando o mundo dos negócios

 Publicado: 12/04/2024

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Você já ouviu falar em edge computing? Segundo Luli Radfahrer, essa palavra, “até pouco tempo atrás, era só falada por profissionais muito específicos da área, mas cada vez mais ela está tomando o mundo dos negócios. A ideia é de computação nas bordas, por isso edge, ou computação distribuída, é uma coisa intermediária entre a computação local, aquela que acontece no seu computador, e a computação que acontece na nuvem, como todos os serviços que a gente usa […] eu vou ter um servidor que armazena a parte das coisas e economiza banda e aumenta a velocidade de transmissão”.

Radfahrer explica que esse tipo de aplicação é muito importante no setor comercial e acaba sendo também usado cotidianamente sem que se perceba. “Quando você, por exemplo, baixa os mapas do Google no seu telefone, aquela região em que você anda, ele consulta o mapa antes mesmo de perguntar,  ele vai perguntar para a nuvem só a condição de trânsito […] é muito mais seguro, porque você não coloca os dados mais importantes na nuvem, então fica mais difícil para o hacker achar e você torna o produto todo menos aberto, menos acessível, portanto, menos vulnerável.” De acordo com o colunista, muitas indústrias estão usando o sistema e evoluindo bastante. O setor da agroindústria é um exemplo. “O Brasil é imenso e a gente está acostumado com a conectividade de lugares como São Paulo, agora, quando você vai para longe, você está em alguns lugares na zona rural do Brasil em que você depende da comunicação por satélite e, conforme a condição de tempo ou se tiver uma queimada e fumaça no ar, você não tem conexão por satélite. Então, o que você vai fazer? Muitas fazendas são pulverizadas por drones, esses drones têm uma função de edge computing para ajudar, eu não posso depender exclusivamente da nuvem.”

Radfahrer acredita que, no futuro, carros autodirigíveis vão precisar ter processamento local para tomar pequenas decisões locais. “Imagina se, por exemplo, o seu carro depende da conexão com a internet para parar no sinal ou não, aí ele não para no sinal, então ele vai precisar um pouco disso. A automação industrial usa direto isso: em essência, quando a gente fala em “cidade inteligente”, a gente está falando em chips em todos os lugares e todos os lugares envolve também esses lugares intermediários,” diz o colunista, antes de concluir: “Cada vez mais a gente vai ouvir edge computing, você não precisa pensar em nada especial disso, você não vai comprar nunca um produto de edge computing, é basicamente uma coisa como nuvem, é mais um serviço que vai ajudar com que o seu produto conectado fique ainda mais acessível”.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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