A saúde urbana está interconectada com o ecossistema

De acordo com Paulo Saldiva, na nossa periferia não existe mais distinção entre saúde e campo

 05/02/2024 - Publicado há 3 meses
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Nesta primeira coluna do ano, o professor Paulo Saldiva dá destaque para o tema da saúde urbana. “Saúde urbana não significa somente a saúde dos habitantes da cidade, mas também entender que a nossa saúde, de nós, humanos, está interconectada com o ecossistema no entorno.  Às vezes, muito distante, como, por exemplo, as chuvas geradas na Amazônia. Na nossa periferia não existe mais distinção entre saúde e campo. Há um gradiente, um mosaico, e nesses lugares pode ocorrer, por exemplo, a proliferação de carrapatos que transmitem, são reservatórios da febre maculosa, como também mosquitos transmissores de arboviroses.

Aliás, a qualidade das águas que podem ser coletadas a distância e sua destinação também nos afeta nos períodos de enchente ou de escassez; e as ondas de calor que se manifestam de forma tão inclemente nas cidades, principalmente naquelas desprovidas de vegetação. Bom, esse é um desafio para todos nós, mas também para a comunidade da saúde, que tem que lidar com problemas que são muito importantes para a saúde humana, mas que não estão na sua esfera de resolução. Acho que é uma boa reflexão para a gente começar o ano.”


Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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