Quilombo Academia: A orixalidade como força de resistência na musicalidade militante de Bia Ferreira e Vanessa Moreno

A cultura ioruba como elemento fundamental na utopia da musicalidade negra de Vanessa Moreno e Bia Ferreira

 15/03/2024 - Publicado há 2 meses
Quilombo Academia - USP
Quilombo Academia - USP
Quilombo Academia: A orixalidade como força de resistência na musicalidade militante de Bia Ferreira e Vanessa Moreno
/

O projeto musical de Bia Ferreira recorre a cultura ioruba. A cantora usa a técnica da capela, no qual ela faz cantando referência a vários pontos do candomblé. Com louvação do canto gesto de esperança Bia Ferreira faz uma conjugação performática de fé e militância, evocando os querigmas das divindades do panteão iorubá. O propósito político do seu canto negro é cristalino. Na irreverencia militante Bia busca a emergência de uma força epistêmica, que ela percebe na velha sabedoria da africanidade. Seu canto é sugestão de uma existência de paz alternativa e longe da opressão eurocaucasiana. Com inventario da orixalidade seu canto é uma manifestação em favor do sonho na luta contra a opressão.

Vanessa Moreno faz da africanidade sua bandeira, armada com seu violão. Com esse instrumento Vanessa construindo com esmero uma musicalidade de trincheira, onde o tem samba é o grande comandante. A cantora faz um doce batalha do amor, trazendo com originalidade intervenções rítmicas e harmônicas, colocando a voz do seu canto comando da criatividade com notável particularidade. Com uma interpretação em proveito axiologia querigmática da africanidade. Vanessa Moreno faz abordagem da importância polissêmica das cores existenciais o axé de Iemanjá. Essa cantora faz uma construção política da orixalidade, demostrando a quente alegria negra dialética vida, em meio a estagnação da ontologia no gélido mundo mercadológico eurocaucasiano.


Quilombo Academia

O Quilombo Academia é transmitido as quintas-feiras, às 13 horas, com reapresentação aos domingos, às 19 horas e 30 minutos, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.

. 


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.