No mês do orgulho LGBTQIA+ é fundamental recordar da importância de manter a cabeça erguida, lutar pelos direitos de todos e se orgulhar da própria identidade. É por isso que, no Fake News Não Pod desta semana, a acadêmica Laura Colete Cunha desmente a eficácia e a ciência por trás da terapia de conversão.
Comum no século 20, a terapia de conversão consistia na utilização de técnicas agressivas com o intuito de alterar a sexualidade ou identidade de gênero dos pacientes que não eram heterossexuais e não se identificavam com o sexo biológico. Para aqueles que apoiavam essa terapia qualquer desvio de heterossexualidade ou cisgeneridade era considerado patogênico e poderia ser excluído do indivíduo através das terapias de conversão.
Foi em 1960, que as terapias que diziam reverter a orientação sexual começaram a ser criticadas tanto pela sua baixa efetividade quanto pelos efeitos negativos relacionados ao tratamento, como sintomas ansiosos e depressivos.
Hoje, a terapia de conversão também é um ato contra os direitos humanos, e segundo a acadêmica, são proibidas em diversos países. No Brasil, a lei que criminaliza a terapia de conversão, ou seja, que pune a pessoa que submete outro indivíduo ao tratamento destinado a reprimir a orientação sexual, identidade de gênero ou expressão de gênero de uma pessoa, é a lei 737/22.
Além de leis, projetos que buscam mostrar as problemáticas e os efeitos negativos das terapias de conversões também são citados por Laura, como o projeto na revista médica Jama Pediatrics, que analisou 28 estudos sobre a terapia de conversão e concluiu que ela trazia danos como abuso de substâncias ilícitas e tentativa de suicídio.
“Portanto, busque por informações em fontes confiáveis e desconfie de profissionais que usam de terapias já desconsideradas pela ciência”, afirma a acadêmica.
Fake News não Pod
Produção: Vydia Academics, Pretty Much Science (PMScience),
Projeto: João Fake News (bit.ly/JoaoFakeNews).
Roteirista e apresentadora: Laura Colete Cunha
Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão Preto
Coordenação: Rosemeire Talamone
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