Cinema de ficção pode colaborar para a promoção da igualdade de gênero e raça

Educadora utilizou-se da pesquisa-ação e desenvolveu atividades com adolescentes do Centro para Crianças e Adolescentes Jardim Keralux, onde foram exibidos aos jovens os filmes de ficção científica

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 11/08/2022 - Publicado há 2 anos
Novos Cientistas - USP
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Cinema de ficção pode colaborar para a promoção da igualdade de gênero e raça
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Na entrevista desta quinta-feira (11) no podcast Os Novos Cientistas, o bate-papo foi com a educadora Lívia Delgado Leandro da Cruz. Ela é autora da pesquisa intitulada Relações de gênero, mídia e educação: o cinema de ficção científica e as possibilidades de promoção de igualdade de gênero, que foi apresentada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP. Sob a orientação do professor Emerson Ferreira Gomes, Lívia analisou como os filmes contribuem para a formação de um senso de classe, raça e sexualidade e nas relações de poder na sociedade. Na ficção científica, por exemplo, as representações de cientistas são frequentemente brancas e masculinas.

Lívia explicou que o objetivo de seu estudo foi investigar de que maneira a mediação de filmes de ficção científica a partir de intervenções lúdicas e problematizadoras colaboram para a promoção de igualdade de gênero e para o debate acerca de questões de raça e alteridade, sobretudo na ciência. “Selecionei os filmes Estrelas Além do Tempo, Gravidade e A Chegada, que contam com protagonistas femininas no âmbito da ciência e suscitam a discussão de questões socialmente relevantes”, descreveu a educadora.

A partir da análise desses filmes, a pesquisadora utilizou-se da pesquisa-ação para o desenvolvimento de atividades com adolescentes do Centro para Crianças e Adolescentes Jardim Keralux, um espaço educativo de atendimento à vulnerabilidade social localizado na zona leste de São Paulo. As ações, segundo ela, aconteceram no âmbito do projeto de extensão, pesquisa e ensino Banca da Ciência, desenvolvido e gerenciado pela USP-EACH, pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campi Boituva e Salto).

 

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