Professora da USP integra grupo de trabalho do governo federal para combate ao discurso de ódio

“É um grande momento do Brasil esse esforço de pensar uma sociedade mais igualitária, mais justa, com menos preconceito, menos violência”, afirma a professora Francirosy Campos Barbosa

 24/04/2023 - Publicado há 1 ano
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Francirosy Campos Barbosa – Foto: Arquivo pessoal

A professora Francirosy Campos Barbosa, do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, foi nomeada pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, como uma dos representantes da sociedade civil no Grupo de Trabalho para a apresentação de estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, e para a proposição de políticas públicas em direitos humanos sobre o tema.

Para Francirosy o convite tem  relação direta com o relatório de islamofobia que o seu grupo de pesquisa realizou. “O trabalho é muito dinâmico e tem todas as temáticas que você pode imaginar, envolve violência, racismo, etarismo, deficiência, todos aqueles temas que acabam sendo alvos de violência”, afirma a professora. Ainda de acordo com Francirosy, o trabalho no Ministério conta com a colaboração de diversos especialistas. “É um trabalho colaborativo, com essas temáticas todas. Eu me senti muito feliz de poder contribuir, porque além de trabalhar com islamofobia, também tem a questão da intolerância religiosa e a questão de gênero, que estão sempre dentro das minhas pesquisas. É um grande momento do Brasil esse esforço de pensar uma sociedade mais igualitária, mais justa, com menos preconceito, menos violência”, pontua.

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Francirosy Campos Barbosa é antropóloga, professora e pesquisadora do Departamento de Psicologia da FFCLRP. Graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, onde fez mestrado e doutorado em Antropologia. O pós-doutorado foi em Teologia Islâmica pela Universidade de Oxford. É pesquisadora do Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (Gracias) e Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (Napedra) ambos da USP. Francirosy organizou a obra Olhares femininos sobre o Islã: etnografias, metodologias e imagens (Hucitec, 2010) e co-organizou a coletânea: Performance – Arte e Antropologia (Hucitec, 2010), além de ser autora do livro Performances Islâmicas em São Paulo: entre arabescos, luas e tâmaras (Edições Terceira Via, 2017).


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