
A Universidade lançou, no dia 13 de novembro, o programa Patronos do Fundo Patrimonial da USP, voltado para a captação de recursos de doadores de alta renda que queiram contribuir para a excelência acadêmica e o impacto social da instituição. A cerimônia de lançamento foi realizada no Museu do Ipiranga, em São Paulo, e reuniu dirigentes da gestão universitária e convidados.
Participaram do evento o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior; a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda; o presidente do Conselho de Administração da Fundação Gestora do Fundo Patrimonial da USP, Hélio Nogueira da Cruz; e os conselheiros embaixadores e primeiros doadores do programa Patronos: o Professor Emérito da USP, Celso Lafer; o médico e filantropo José Luiz Setúbal; e a advogada e presidente do Instituto Beja, Cristiane Sultani.
Os fundos patrimoniais compõem um conjunto de recursos ativos privados, cujos rendimentos são empregados para desenvolver programas, projetos e demais ações de interesse público e servem como fonte de recursos perene e estável.
Na USP, o Fundo Patrimonial foi criado em 2021 e está alicerçado em uma visão de longo prazo e de impacto duradouro. Com governança independente e transparente, é composto de um fundo principal (irrestrito) e subfundos (de propósitos específicos) dedicados a projetos voltados, prioritariamente, para as áreas de ensino, ciência e inovação, cultura, diversidade, inclusão social e permanência estudantil, saúde, sustentabilidade ambiental e infraestrutura. O objetivo do programa Patronos USP é compor o patrimônio do fundo principal, que teve um aporte inicial de R$ 10 milhões, da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp), e captação de mais R$ 16 milhões.

“O Fundo Patrimonial ajuda a constituir uma massa de recursos para os quais a Universidade vai definir seus destinos ao longo do tempo. Essa é uma experiência pioneira na USP: constituir um fundo com essa perspectiva e com duas finalidades: projetos de longo prazo ou projetos mais pontuais, como o USP Diversa, para atender estudantes com vulnerabilidade socioeconômica”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Fundação Gestora do Fundo Patrimonial da USP, Hélio Nogueira da Cruz.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior destacou que a autonomia universitária, estabelecida por decreto do governo estadual em 1989, tem garantido o financiamento das universidades estaduais paulistas e a excelência das atividades dessas instituições, reconhecidas por rankings nacionais e internacionais. “Mas esse é um processo que precisa de aperfeiçoamento. Quando temos alguma flutuação na economia ou mudança na alíquota no ICMS, você consegue manter a folha de pagamento e o custeio, mas acaba economizando em investimentos. É isso que podemos mudar com o endowment, um fundo que permita fazer investimentos”, afirmou.

“Foi a sociedade paulista que criou a USP, em 1934. Esse movimento do endowment mostra a importância da participação da sociedade apoiando, fomentando e fazendo mudanças no que temos no ensino superior de São Paulo”, considerou o reitor.
Após o lançamento, os convidados foram conduzidos a uma visita guiada ao acervo do museu. Reaberto ao público em setembro do ano passado, o Museu do Ipiranga foi restaurado e ampliado a partir de patrocínios diretos e incentivados via Lei de Incentivo à Cultura por quase 20 empresas.
Além do programa Patronos, o fundo pode receber doações de pessoas físicas de qualquer valor por meio do site do projeto.