Projeto de ensino de técnica cirúrgica sem animais vivos é premiado

Entre mais de 40 projetos de diferentes países da América Latina, a professora Julia Maria Matera, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária

 01/03/2016 - Publicado há 9 anos     Atualizado: 16/03/2016 às 13:16

Entre mais de 40 projetos de diferentes países da América Latina, a professora Julia Maria Matera, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, foi a vencedora do concurso da organização World Animal Protection, realizado no ano passado.

O objetivo do concurso era selecionar as três propostas mais inovadoras que utilizam métodos substitutivos ao uso prejudicial de animais e divulgar formas humanitárias de ensino nos cursos de Medicina Veterinária, ou seja, alternativas educacionais que não prejudiquem os animais.

Professora Julia Matera, ao centro, recebendo o prêmio da representante do World Animal Protection – Foto: Assessoria de Comunicação/FMVZ-USP
Professora Julia Matera, ao centro, recebendo o prêmio da representante do World Animal Protection – Foto: Assessoria de Comunicação/FMVZ-USP

O projeto vencedor “Praticando a Técnica Cirúrgica de A a Z: diérese, hemostasia e síntese em cadáveres preservados” descreve o ensino e o treinamento de diferentes técnicas cirúrgicas e seus respectivos tempos sem o uso de animais vivos. Julia destaca que, em um cadáver preservado, o uso de uma bomba que aumenta a pressão nos vasos o faz sangrar como um animal vivo. “Dessa forma, todos os tempos são factíveis de serem executados em um cadáver”, explicou. Segundo ela, o aprendizado dos alunos é ainda maior com esse método. “É possível repetir o procedimento várias vezes, além de todos os alunos poderem praticar. É uma área em que é preciso desenvolver habilidades e isso só acontece com a execução”, defendeu.

Hoje o Brasil já possui várias iniciativas que usam métodos substitutivos e a professora Julia é uma das pioneiras no uso de um deles. Há 15 anos, ela usa cadáveres em técnicas cirúrgicas, e, possivelmente, sua atuação inspirou outras universidades a adotarem práticas similares.

Da Assessoria de Imprensa da FMVZ

Mais informações: site http://goo.gl/FCqvK


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