No dia 18 de fevereiro, o superintendente do Espaço Físico, Osvaldo Shigueru Nakao, reuniu-se com a comunidade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na sala do Conselho Universitário (Co), para apresentar o que está sendo feito sobre a questão ambiental da área onde está localizada a Unidade.
Nakao iniciou o encontro falando de sua formação acadêmica e experiência profissional como engenheiro civil, com foco em estruturas e fundações, e comentou sobre os motivos desta primeira reunião entre a Superintendência do Espaço Físico (SEF) com a comunidade da EACH.
“Eu quis fazer esta reunião para dizer que é o início de uma nova gestão e para mostrar o que está sendo feito, que não temos nada a esconder. A ideia é que todos fiquem sabendo do que está sendo feito, compartilhar as ações”, destacou o superintendente, citando também os encontros que o novo reitor e vice–reitor, respectivamente Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan, já fez, desde o início do mês, com diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos Especializados e Museus, e também com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e da Associação de Docentes da USP (Adusp).
Trabalho conjunto
O superintendente falou sobre a água do lençol freático, do solo da EACH, e mostrou na apresentação mapas e fotografias dos locais contaminados e o que está sendo feito para resolver a questão, como a apresentação da proposta de colocar um sistema para retirar o gás tóxico, a contratação de uma empresa para fazer o monitoramento, e que umas das opções é fazer um projeto de viabilidade técnica aproveitando a estrutura existente.
“A minha ideia é primeiro estabelecer este canal de diálogo com a comunidade; a parte técnica já estou discutindo com a Comissão Ambiental da EACH [criada pela Portaria GR nº 6388, de 29 de outubro de 2013, com o objetivo de contribuir para a proteção, saneamento, gestão e conhecimento ambiental da área da EACH]”, ressaltou Nakao.
Durante a reunião, Nakao e alguns membros da Comissão responderam às perguntas da comunidade, como se já há novos locais para a realização das aulas, caso a área da EACH não seja liberada logo; e se haverá recursos para os trabalhos técnicos necessários para a liberação da área. “Todas as nossas atenções estão voltadas para a EACH, para recuperar o espaço de vocês, e todo recurso que houver será aplicado na Unidade, pois ela é prioridade”, enfatizou Nakao. Sobre novos locais para a realização das aulas, disse que a SEF está estudando e buscando espaços alternativos para as aulas, mas ainda não há nada definido, pois, segundo ele, “é difícil conseguir um local que comporte quase 5 mil alunos de graduação”.
“O importante é que há a intenção da Reitoria da USP em resolver a questão e os encaminhamentos para solucioná–la”, ressaltou um dos membros da Comissão Ambiental, Paulo Antonio de Almeida Sinisgalli, professor da EACH. O professor da Faculdade de Saúde Pública, Arlindo Philippi Junior, que está respondendo pela Prefeitura do Campus da USP da Capital (PUSP–C), também reforçou este aspecto levantado por Sinisgalli, “é significativo o fato das Instituições da USP estarem trabalhando em conjunto: SEF, diretoria da EACH, Comissão Ambiental e comunidade”.
Para finalizar, a diretora da EACH, Maria Cristina Motta de Toledo, (foto) disse entender o fato dos professores, funcionários e alunos da Unidade quererem respostas definidas sobre a situação, mas que ainda não há uma solução completa. “Estamos avançando, temos de ter mais paciência, porque há solução sim e as ações estão sendo tomadas. Eu acredito no poder de trabalho que esta nova gestão reitoral tem e por isso temos de continuar a trabalhar juntos”, explicou Maria Cristina.
O professor Nakao terminou dizendo que a SEF continua trabalhando na questão da EACH e que toda quarta-feira a Superintendência e a Comissão Ambiental tem se reunido para discutir o assunto, mas que “a SEF só vai apresentar algo ao promotor do Ministério Público, à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e aos órgãos competentes após haver consenso da EACH sobre as ações a serem feitas”, pois quer que as decisões sejam compartilhadas entre a Reitoria e a Unidade.
(Fotos: Ernani Coimbra)