Na próxima quarta-feira, 24, representantes da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade Federal do ABC (UFABC) se reúnem para discutir políticas e ações afirmativas para estudantes negros e negras nas universidades públicas do Estado de São Paulo. O evento, que acontece no Centro MariAntonia, é gratuito e sem inscrições prévias. Para participar, basta se inscrever em formulário disponibilizado pelos organizadores neste link até 23 de maio.
O seminário Balanço das ações afirmativas para negros nas universidades públicas também terá a participação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e da Escola de Defensoria Pública do Estado (Edepe). O objetivo do encontro é apresentar um levantamento estatístico do ingresso de estudantes negros e negras nas universidades públicas do Estado e, a partir disso, desenvolver políticas de inclusão e permanência.
A iniciativa do seminário partiu dos estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, que a partir de suas experiências pessoais estruturaram a programação. Para além das discussões relativas ao aumento da participação de estudantes pretos, pardos e indígenas (PPI), o encontro também tem como propósito repensar o modelo das universidades públicas de São Paulo, referências para as outras instituições no Brasil e no mundo. Além disso, pretende-se que resultados do balanço sejam organizados em um e-book.
“As grandes universidades, como a USP, são pautadas por métricas produtivistas, que impactam diretamente no trabalho de docentes e funcionários. Sobretudo, nas experiências pessoais dos estudantes que ingressam por meio de políticas de ação afirmativas, como as cotas raciais, de escola pública e baixa renda”, explica Gislene Santos, docente da EACH que leciona no curso de Gestão de Políticas Públicas, ao mencionar a importância de políticas universitárias voltadas à promoção da saúde mental.
Ela também afirma que a presença de gestores e defensores públicos revela o interesse dessas instituições acerca das questões sociais. “Nossa expectativa é que essas discussões nos ajudem a perceber os avanços e retrocessos nas universidades públicas do Estado de São Paulo. E é por meio dessas trocas que desejamos reforçar a necessidade das políticas de ações afirmativas”, conta Gislene.
A programação do evento será dividida em três eixos: mesa de debates acerca das temáticas étnico-raciais, fórum de conversas e encontros de experiências, e conferência de encerramento com o professor Kabengele Munanga, especialista em antropologia da população afro-brasileira e docente aposentado da USP, que auxiliou na implementação de políticas afirmativas na Universidade.
Confira abaixo a programação completa:
9h30 – 10h – Café de recepção 10h – 10h30 – Mesa 1| Abertura
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10h30 – 13 horas – Mesa 2 | Balanço do Ingresso de Negros nas Universidades Públicas de São Paulo Debatedor: Gleidson Renato Martins |
13h – 14h30 – Lanche (intervalo) 14h30 às 16 horas – Mesa 3 | Ações Afirmativas, Saúde Mental e Permanência Estudantil na Universidade Debatedor: Alessandro Oliveira | IP-USP |
16h – 16h30- Café Fórum: Ações Afirmativas na USP Espera-se a participação aberta de coletivos, estudantes, movimentos sociais e pessoas interessadas em discutir ações afirmativas na USP. |
18h30 – 19h30 – Intervalo 19h30 – 21h – Conferência de encerramento | Kabengele Munanga Presidente da mesa: Gislene Aparecida dos Santos e Vinicius Conceição Silva Silva 21 horas – Encerramento |