Racismo, maternidade e ancestralidade percorrem poesias contemporâneas

Encontro na USP reúne escritoras e pesquisadoras para debater o protagonismo negro literário por meio de poesias; evento ocorre dia 11 de setembro, em modalidade híbrida

 06/09/2023 - Publicado há 10 meses
Encontro na FFLCH vai discutir sobre o protagonismo negro na poesia contemporânea – Foto: Freepik

 

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP recebe o evento Vozes poéticas negras contemporâneas, dia 11 de setembro, das 17h30 às 19h30, com a presença das autoras Gisela Casimiro e Oluwa Seyi. O evento é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa e do Centro de Estudos Africanos (CEA) da USP, ambos da FFLCH, e ocorre em modalidade híbrida, presencialmente na FFLCH e on-line pelo canal da faculdade no YouTube. Não é necessário se inscrever para participar.

O encontro pretende discutir sobre o protagonismo negro na poesia contemporânea e apresentar os livros de poesia Giz, de Gisela Casimiro, escritora, artista e ativista portuguesa, e O que há de autêntico em uma mãe inventada, de Oluwa Seyi, escritora e pesquisadora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela USP.

Banner do evento – Foto: Reprodução/FFLCH-USP

 

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A obra Giz é uma coletânea de poemas que discutem identidade, racismo, cotidiano e memória. Seu prefácio é escrito pelo músico e rapper brasileiro Emicida. Ao descrever o livro, o cantor ressalta: “Mário Quintana dizia que poesia é insatisfação. Afinal de contas, um poeta satisfeito não satisfaz. Lendo Gisela Casimiro, fico pensando nessa insatisfação, que ela partilha com o velho Mário, e em seu poder de nos manter em movimento. Movimento é vida”. O livro está disponível neste link

A obra O que há de autêntico em uma mãe inventada apresenta a perspectiva de mulheres negras que são mães e herdeiras de propriedades ancestrais, característica que permite ampliar a capacidade de cuidar do outro e também de si, de acordo com o livro. A autora mostra a maternidade como possibilidade de gerar vida em força e potência, como no verso “serei, pelos séculos, a mulher da minha vida”. Ao mesmo tempo, Oluwa exibe o medo da maternidade em um país que, segundo a publicação, “mata por capricho/criança que ousa nascer preta”. O livro está disponível neste link

Serviço:

Vozes poéticas negras contemporâneas

Dia 11 de setembro, das 17h30 às 19h30

Presencialmente no Auditório 24 do Edifício de Filosofia e Ciências Sociais, situado na Av. Luciano Gualberto, 315; e remotamente no YouTube, pelo link.

Mais informações: cea@usp.br 


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