A chamada Cantata do Café (Kaffeekantate, BWV 211), do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), foi apresentada pela USP Filarmônica – orquestra ligada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP – nos dias 29 de novembro, em Ribeirão Preto, e 30 de novembro, em São Carlos.
Composta em 1734, em Leipzig, com letra do poeta alemão Christian Friedrich Henrici, conhecido como Picander – o mesmo autor da letra da Paixão Segundo São Mateus -, a Cantata do Café é uma das obras vocais de Bach com fortes características operísticas, daí o fato de ela normalmente ser também encenada. Nela, o senhor Schlendrian insiste com a filha, Liesgen, para que pare de tomar café, bebida que ela adora. Depois de ameaçar – sem sucesso – proibi-la de passear, ganhar joias e usar vestidos novos caso não pare com a mania, Schlendrian utiliza um último e extremo recurso: se não parar de tomar café, ele não vai arrumar um marido para a filha. Essa ameaça surte efeito, e Liesgen promete deixar de ingerir a bebida. Com isso termina o texto de Picander. No entanto, Bach acrescentou por conta própria mais dois movimentos, modificando o desfecho da obra com uma ação inesperada e divertida.
A apresentação da USP Filarmônica teve regência de Rubens Russomanno Ricciardi, maestro titular da orquestra e professor do Departamento de Música da FFCLRP, direção cênica de Ansgar Haag, figurinos e cenografia de Kerstin Jacobssen e coreografia de Marisol Gallo. Schlendrian foi interpretado por Luis Felipe Sousa e Liesgen, por Raquel Paulin. O narrador foi Daniel Umbelino. Isis Alves Gallo Antonelli atuou como bailarina.
Assista no link abaixo à apresentação da Cantata do Café (BWV 211), de Johann Sebastian Bach, feita pela USP Filarmônica.