Evento on-line terá lançamento de livro sobre rito muçulmano do Hajj

Professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Francirosy Campos Barbosa lança o livro “Hajja Hajja: A experiência de peregrinar”, com transmissão on-line no dia 8 de julho, às 19h30

 08/07/2021 - Publicado há 3 anos
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O lançamento do livro Hajja Hajja: A experiência de peregrinar terá transmissão on-line no dia 8 de julho, às 19h30, e traz relato do ponto de vista antropológico e pessoal da professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), Francirosy Campos Barbosa, sobre a peregrinação que muçulmanos fazem para participar do rito do Hajj, o quinto pilar do Islã. 

Francirosy Campos Barbosa – Foto: Arquivo pessoal

O livro, publicado pela editora‎ Ambigrama Editorial, com 110 páginas, é fruto de um duplo pertencimento de Francirosy ao mundo acadêmico e ao religioso. A obra é um relato da perspectiva antropológica e pessoal sobre a peregrinação, que é a visita que todo devoto deve fazer à cidade de Meca, na Arábia Saudita, ao menos uma vez na vida, desde que possua condições físicas e econômicas.

Na obra, Francirosy relata sua experiência de peregrinação sob o ponto de vista de uma pesquisadora que, “ao fazer o Hajj, fica entre ser a fiel dedicada e a participante observadora, pois não se esquece de problematizar o seu próprio lugar de entrega e seu corpo participante”. 

Do ponto de vista antropológico, o Hajj não é apenas uma experiência, mas configura-se também em expressão da experiência, elaborando os sentidos do mundo para Francirosy, que é, ao mesmo tempo, peregrina e antropóloga. “Na busca dos sentidos do mundo do Islã, a pesquisadora mobiliza os sentidos do corpo. Dos sentidos do corpo se formam os sentidos do mundo”, como é descrito na obra.

Saindo de São Paulo, a peregrinação da antropóloga passa por Medina, Meca e Mina, configurando-se em uma experiência de viagem e deslocamento que constitui um rito de passagem da religião e produz um saber que vem da vivência no islamismo, revelando a importância de uma antropologia da experiência e da performance, como propõe a autora.

Ao longo dos anos de sua formação e atuação como antropóloga, a pesquisadora se descobre muçulmana e, em 2013, converte-se ao Islã. Como é colocado, Francirosy é “uma antropóloga do Islã, uma muçulmana na antropologia”. 

Além da própria professora, o evento também terá a participação do professor de antropologia da USP, John C. Dawsey, e do sheikh da Mesquita Brasil, Mohamad Bukai. 

A transmissão será feita por aqui. 


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