A performance do coreógrafo Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, foi alvo de protestos após grande repercussão. Durante a apresentação, Schwartz estava nu e permaneceu deitado para que o público pudesse interagir com o seu corpo. O artista fez referência à série Bichos, de Lygia Clark, na qual as esculturas são articuladas e podem ser manipuladas. A polêmica em torno da exibição começou depois da publicação de um vídeo nas redes sociais. Nele, era possível ver uma criança, acompanhada de sua mãe, tocando os pés do coreógrafo.
![](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20171005_00_performance-MAM.jpg)
Para comentar o caso, a Rádio USP conversou com o professor Marcelo Denny, chefe do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e com Eduardo Tomasevicius Filho, da Faculdade de Direito (FD) da Universidade.
“A nudez tem que ser separada do erotismo”, afirma Denny. Segundo o professor, o que ocorreu na performance “estava longe de ser pedofilia”. Já Tomasevicius, apesar de ser contrário ao contato entre a criança e o artista, explica que, nesse caso, não é crime, pois “não há um tipo penal prevendo uma pena para quem monta uma exposição em que há um homem nu e que crianças tenham acesso”.
Ouça as opiniões dos professores, na íntegra, no áudio acima.