As operações urbanas são o planejamento pensado para que haja o desenvolvimento da cidade. Assim, há a mudança intensiva do solo, de modo a transformar determinada área em uso comercial ou residencial, por exemplo. Porém, isso pode acabar se concentrando em determinadas áreas e elitizar o espaço urbano.
Para explicar a respeito dessa temática, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Guilherme Minarelli, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da USP, contou como isso está ocorrendo na capital paulista. “As operações urbanas na região da Faria Lima e das Águas Espraiadas, que ficam mais ao sul, foram as que concentraram o maior crescimento dos imóveis de tipologia vertical alto e médio padrão, tanto comercial quanto residencial”, afirma.
Minarelli destaca também como esses instrumentos de operação urbana ajudaram o aumento dessa concentração. “O conjunto das operações urbanas que estão ativas ocupam 3,5% do território urbano da cidade, mas estão concentrando cerca de 50% do comércio das áreas, pelo menos, do estoque comercial de mais alto padrão”, enfatiza.
Para o pesquisador, isso se torna um problema, na medida em que apenas essas regiões acabam se desenvolvendo e concentrando a oferta de empregos. “Se a gente concentra as atividades em territórios muito restritos, muito pequenos, a gente obriga boa parte da população a se deslocar para trabalhar lá”, ressalta.
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