O Artemeter é um remédio utilizado para tratamento da malária, administrado normalmente em comprimido. Em uma parceria entre a USP e a Fundação Para Remédio Popular (FURP), o fármaco foi produzido em forma de nanocristais, que são partículas muito pequenas, em escala nanométrica. Em entrevista à Rádio USP, a professora Nádia Araci Bou Chacra, do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, falou sobre a pesquisa.
Para Nádia, o principal desafio da pesquisa foi inovar e produzir um medicamento mais seguro e com maior eficácia. Um problema comum da indústria farmacêutica é a baixa solubilidade em água dos fármacos, o que dificuldade a absorção dos componentes do remédio quando o paciente o recebe de forma oral, como é o caso do Artemeter. A professora explica que o medicamento em nanocristais tem uma maior superfície de contato, o que traz consequentemente maior solubilidade e mais eficiência.
Apesar de a tecnologia não ser popular entre a população, a especialista comenta que sua utilização já é comum, como o Rapamune, medicamento utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados. A farmacêutica ressaltou ainda a importância da parceria com a FURP, que permite que o remédio chegue até a população.
Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular. Você pode ouvir a entrevista completa no player acima.